Introdução
Primeiro foram as locadoras de DVD, depois as redes hoteleiras e agora os taxistas. Várias empresas tradicionais estão sendo substituídas por alternativas da Economia Compartilhada. Esta é uma perspectiva inovadora que está revolucionando o mundo dos negócios.
Tais iniciativas são bastante populares e estão dominando o mercado. Alguns exemplos são como o Airbnb, a Netflix e a 99. No entanto, o sucesso dessas empresas não é por acaso. Elas entenderam e focaram nas principais características do nosso momento econômico. Ou seja, o compartilhamento, a experiência e a tecnologia.
Neste artigo você descobrirá o que é essa nova forma de pensar a economia. Além disso, vamos te mostrar exemplos e referências de quem já está movimentando o mercado. Assim, você vai entender porque a sua empresa pode – e deve – aproveitar essa nova oportunidade de negócio. Afinal, as mudanças já estão acontecendo e você não vai querer ficar para trás, certo?
O que é a Economia Compartilhada?
A sociedade está passando por muitas transformações. Enfrentamos problemas ambientais, crises econômicas e exageros no consumo. Ao mesmo tempo, as redes sociais e a internet estão em pleno crescimento. Sem dúvida, todas essas mudanças influenciam nossos hábitos de consumo.
Por exemplo, as pessoas já pararam de comprar CDs para ouvir música online. Ainda, deixaram de alugar filmes em locadoras para assisti-los em plataformas de streaming. Inclusive, muitas pessoas reduziram o uso do próprio carro para se locomoverem com veículos de aplicativos.
Então, caso você ainda não tenha se dado conta, estamos vivendo a era da Economia Compartilhada. E, todos esses exemplos nos mostram que ela veio para ficar.
A Economia Compartilhada é um novo sistema social e econômico, baseado no compartilhamento de recursos humanos, físicos ou intelectuais. Pensando nisso, a Google comprou o Waze, que é um aplicativo de GPS. Ele utiliza dados e alertas de tráfego compartilhados pelos usuários em tempo real, para sugerir os melhores trajetos.
Dessa forma, além do engajamento e da colaboração da comunidade, a tecnologia tem um papel fundamental na Economia Compartilhada. A função dela é aproximar pessoas com interesses mútuos em um ambiente online.Assim, por ser uma rede de colaboração, é muito importante haver relações de confiança. Portanto, é responsabilidade dos gestores das plataformas fazerem a curadoria dos integrantes. E também, usar sistemas que valorizem a integridade e qualidade das transações, como avaliações dos usuários.
Como funciona a Economia Compartilhada?
Rachel Botsman é considerada a líder mundial nos estudos da colaboração no consumo digital. Para ela, a Economia Compartilhada contempla 3 opções de sistemas:
- Mercados de redistribuição: modelo que consiste em remanejar itens de onde não estão sendo usados, para locais onde serão necessários. Um exemplo disso é a troca ou venda de produtos de segunda mão, como brechós. Baseia-se nos princípios de reduzir, reusar, reciclar, reparar e redistribuir. Uma empresa que adotou esse modelo é o marketplace Enjoei.
- Estilo de vida colaborativo: sistema para reunir uma comunidade com o objetivo de compartilhar bens, serviços, espaços ou o próprio tempo. Os escritórios de coworking, nos quais vários profissionais diferentes dividem o mesmo espaço, são um exemplo.
- Sistemas de acesso a produtos e serviços: nesse modelo o usuário paga para ter acesso a um produto ou serviço por determinado período de tempo. Ou seja, o cliente opta pelo aluguel e não pela compra do bem. Isso acontece quando um imóvel é disponibilizado para aluguel de curta temporada em plataformas como o Airbnb.
Mercado atual da Economia Compartilhada
Você já entendeu o que é a Economia Compartilhada e quais são suas principais formas. Quer saber a dimensão dos negócios que aproveitaram essa oportunidade? Confira o infográfico que preparamos para você.
Ainda acha pouco? Só em 2015 a nova economia movimentou 15 bilhões de dólares no mundo (Fonte: Venture Beat). E, ainda existem muitos negócios para se inspirar em diferentes ramos. Desde tecnologia, educação, passando pelo setor têxtil até alimentício.
Confira alguns casos:
Enjoei
O Enjoei é um marketplace focado em moda. A plataforma conecta pessoas que querem desapegar de algum bem com outras que desejam adquirir o produto. O comprador pode escolher entre opções de preço acessível sem sair de casa. Além disso, para garantir a confiança no serviço, os usuários são avaliados uns pelos outros.
IFood
O IFood é um marketplace que conecta restaurantes e clientes, por meio do delivery. Os restaurantes participantes aumentam seu faturamento em cerca de 30%. O marketplace já tem três milhões de pedidos por mês e mais de 15 mil fornecedores cadastrados.
Ideia no Ar
O Ideia no Ar é um SaaS (Software como Serviço) baseado na Economia Compartilhada. E, mais do que isso, ajudamos empreendedores a participarem dessa economia através da criação de uma Plataforma de Marketplace de forma simples e eficiente.
Saiba mais no nosso artigo: O que é um Marketplace?.
Como a Economia Compartilhada pode beneficiar o meu negócio?
A Economia Compartilhada irá movimentar US$ 335 bilhões em 2025 (Fonte: PwC). Ainda, especialistas indicam que o modelo pode contribuir com mais de 30% do PIB do setor de serviços no Brasil. Ou seja, é uma oportunidade que não pode ser ignorada.
Por isso, confira dicas de como beneficiar a sua empresa com a Economia Compartilhada:
Descubra seus recursos excedentes
Para participar desse sistema, nem é necessário investir em novos recursos. Afinal, dá para lucrar com aquilo que o seu negócio já tem. Pense em locais, materiais, contatos e conhecimentos que poderiam ser aproveitados. Você pode, por exemplo, conectar pessoas da sua rede de contatos, como profissionais da área, fornecedores ou clientes. Desse modo, é possível cobrar uma comissão em cima de cada transação.
Ajude a conectar as pessoas certas
Vários negócios compartilhados baseiam-se na ajuda mútua. Assim, criam-se meios para conectar as pessoas. Além de aumentar a lucratividade, esses projetos beneficiam a economia e a comunidade local. Para criar iniciativas como essa, uma plataforma de marketplace pode ser muito útil.
Expanda o seu negócio
Se você quer expandir o seu negócio, a Economia Compartilhada é uma forma de investimento acessível. Você pode usar recursos que já tem, e não precisa contratar funcionários. A expansão pela internet exige apenas apenas uma ferramenta online e marketing digital para atrair usuários.
Proporcione experiências e confiança
Para Roberto Kanter, professor de MBA da FGV-Rio, as pessoas estão cada vez menos preocupadas em acumular bens. Hoje, o foco do consumo é a experiência.
Com a Economia Compartilhada, não é mais necessário comprar uma mala para usar só nas férias, por exemplo. Você pode alugá-la e não ocupar espaço no seu guarda-roupa. Além disso, você pode avaliar a experiência e recomendá-la a outras pessoas.
Conclusão
A Economia Compartilhada é o futuro do mundo dos negócios. E, conforme a tecnologia avança, esse modelo vai se consolidando. Para os clientes, os benefícios já estão claros. Por isso é tão importante compreender o que é inovação e a economia compartilhada. Afinal, muitos estão trocando grandes empresas tradicionais por soluções inovadoras.
Mas, ainda há muitas oportunidades e nichos a serem explorados, principalmente no setor de serviços. É hora dos empreendedores enxergarem além de investimentos caros e obsoletos, e explorarem esse oceano azul.
“Hoje pode parecer exagero, mas estamos vivendo o início de uma revolução sem precedentes na história humana. Daqui a cinco anos, com tantas alterações na forma de consumir e trabalhar, não vamos reconhecer o mundo da forma como existe hoje”
– Oswaldo Oliveira, um dos maiores economistas focado em web do Brasil.