E-commerce e marketplace são duas palavras que fazem parte do universo dos negócios digitais. Mas você sabe realmente a diferença entre e-commerce e marketplace? Não apenas no conceito, mas também na prática? Pois é disso que nós vamos tratar neste conteúdo.
Para entender a diferença entre e-commerce e marketplace, precisamos compreender mais a fundo algumas características deste universo. Por isso, convidamos você a acompanhar nosso conteúdo até o fim para saber mais. Vamos lá?
O que é e-commerce?
E-commerce é um conceito muito amplo. Na teoria, ele abarca todo tipo de comércio eletrônico, incluindo marketplaces. Contudo, quando se fala em e-commerce, quase sempre estamos nos referindo a uma loja virtual. Ou seja, uma empresa que vende seus próprios produtos e serviços pela internet.
Hoje, o setor do e-commerce no Brasil é bastante desenvolvido e está em crescimento. Existem muitos recursos que facilitam a abertura de uma loja virtual a um custo muito baixo (sem levar em conta o estoque). Porém, esse modelo possui seus prós e contras. Trataremos disso nos tópicos seguintes.
O que é marketplace
O marketplace pode ser considerado como a evolução do e-commerce. Neste modelo de negócio diversos vendedores oferecem seus produtos e serviços a milhares de compradores usando uma mesma plataforma. Praticamente, é como se fosse um shopping eletrônico.
É um modelo que facilita e traz benefícios tanto para quem compra, como para quem vende. Hoje, no Brasil, os dados mostram que abrir um marketplace pode ser um ótimo negócio. Por isso, se você deseja empreender com sucesso, criar um marketplace pode ser uma grande jogada.
Em síntese, essa é a diferença entre e-commerce e marketplace: no e-commerce uma única empresa vende para seus clientes. No marketplace, uma empresa media os negócios entre inúmeros compradores e vendedores.
Vamos explorar mais a fundo a diferença entre e-commerce e marketplace em 8 tópicos específicos. Olha só:
As 8 principais diferenças entre e-commerce e marketplace
Em 8 esferas do dia a dia destes negócios digitais é possível ver alguma diferença entre e-commerce e marketplace. Por isso, vamos detalhar as divergências para uma melhor compreensão.
Mix de produtos
O mix de produtos de um marketplace costuma ser muito mais abrangente do que o de um e-commerce. Isto é, uma variedade muito maior de produtos. Naturalmente, isso se dá porque o empreendimento reúne diversos vendedores dentro de um só lugar. No e-commerce, apenas uma única empresa cuida do estoque.
Isso se aplica mesmo a um marketplace de nicho. Logo, o nicho pode ser contemplado de forma mais completa do que eu um e-commerce.
Investimento
Para vendedores, o investimento para vender em um marketplace é ligeiramente menor do que no e-commerce. Afinal, basta que o vendedor se filie à plataforma e comece a vender. No e-commerce, o empreendedor ainda precisará se preocupar com a abertura e a manutenção de seu site.
Entretanto, abrir o seu próprio marketplace exige um investimento maior do que o e-commerce. Isto porque existem alguns custos relacionados a tecnologia, marketing, gateway de pagamento e outras despesas que podem comprometer o orçamento. Porém, se tiver sucesso, as chances de lucratividade e crescimento do marketplace também são consideravelmente maiores.
Visibilidade
A visibilidade no marketplace é bem maior do que no e-commerce. Haja vista que a plataforma reúne muitos vendedores, ela também reúne um alto número de clientes. São compradores a todo o momento acessando a sua vitrine virtual na plataforma.
O e-commerce, para ter visibilidade, dependerá de alguns fatores a mais: consolidação da marca, bom marketing, identidade visual, etc. Para quem vende no marketplace, basta começar a negociar.
Contudo, para quem irá abrir um marketplace, o desafio inicial da visibilidade é similar ao do e-commerce. Isto é, são duas empresas novas, precisando se firmar e se provar.
Operação logística
Para quem vende em marketplace, a operação logística pode ser simplificada – se a plataforma oferecer facilidades neste quesito. Por exemplo: o Mercado Livre tem convênio com transportadoras que permitem um despacho otimizado. Nem toda plataforma oferece estes serviços.
Para os donos de e-commerce, toda a operação logística fica por conta própria. Para pequenas remessas, a maioria das empresas usa os Correios, mas outras transportadoras também começam a se destacar.
No que diz respeito à compra e gestão de estoques, e-commerces e marketplaces tem um manejo bastante similar.
Para quem vai operar o próprio marketplace, não é preciso preocupar-se com estoques. Entretanto, é necessário agir para facilitar ao máximo possível a gestão operacional dos vendedores. Assim, ganha-se prestígio e a preferência de quem compra e quem vende.
Marketing
Quem é vendedor em um marketplace normalmente conta com a visibilidade proporcionada pela própria plataforma. Por isso, é comum não empregar tantos esforços externos a isso. Entretanto, o empreendedor também pode criar campanhas para difundir sua loja dentro do marketplace.
Quando você opera um marketplace, percebe uma diferença entre e-commerce e marketplace bem grande: você precisa conquistar dois públicos. É preciso cativar tanto compradores, como vendedores. O e-commerce precisa apenas prospectar clientes.
Isso impõe alguns desafios extras, pois é preciso desenvolver duas estratégias para públicos distintos. Muitas vezes, completamente diferentes.
Segurança
Em geral, é seguro empreender tanto como vendedor de marketplace, como operador de marketplace e também como operador de e-commerce. Porém, a responsabilidade de cada um é diferente.
O vendedor de marketplace é o que tem a vida mais fácil. Ele vende e recebe o dinheiro (com o débito das taxas). Operadores, tanto de marketplace, como de e-commerce, precisam se preocupar com mediadores e gateways de pagamento. Logo, há uma diferença bastante sensível entre e-commerce e marketplace.
Competitividade
É crescente o número de negócios digitais no Brasil. Isto é, tanto no e-commerce, como no marketplace. Isto quer dizer que independentemente do modelo, será preciso enfrentar concorrência.
Podemos dizer que, em geral, a competitividade é menor no marketplace. Embora você tenha pares que possivelmente vendem o mesmo produto que você, uma boa precificação pode ser o suficiente para aumentar as suas vendas. Da mesma forma, o operador de marketplace pode empregar estratégias para reduzir o custo e dar maior margem a seus vendedores em certos produtos.
O e-commerce, por sua vez, encara o desafio de nem sempre ser tão visível. Além de não contar com a base de clientes do marketplace. Esta é outra diferença entre e-commerce e marketplace.
Lucratividade
Em troca da visibilidade, da segurança e da praticidade, vendedores de marketplace pagam uma comissão por venda. Ela pode comprometer a lucratividade, mas permite trabalhar com alto volume de vendas.
Para quem vai empreender em um marketplace, este negócio é bastante escalável. Ou seja, ele pode crescer de forma contundente enquanto os custos permanecem relativamente estáveis. Com isso, a lucratividade é bastante alta se tiver sucesso.
Ao passo que o e-commerce não paga comissões como um vendedor de marketplace, o negócio não é tão escalável. Logo, para o faturamento crescer muito, as despesas vão acabar crescendo também em um ritmo considerável.
Qual é melhor: e-commerce ou marketplace?
Vender em marketplaces é interessante para você que é um(a) pequeno(a) empreendedor(a) e deseja expandir as vendas. Abrir um e-commerce ou loja virtual também pode ajudar nesse sentido.
Mas, abrir o seu próprio marketplace é a melhor escolha possível se você quer ter um crescimento escalável. Esse modelo proporciona uma relação de custo-benefício mais atrativa, ao passo em que permite diversas estratégias para mitigar riscos e otimizar ganhos.
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A evolução recente do Marketplace no Brasil e no Mundo
Vamos trazer números para mostrar porque o marketplace, em geral, é uma opção mais atrativa do que o e-commerce convencional. Nos últimos 15 anos vimos uma crescente onda do e-commerce surgindo, e um crescimento anual muito grande das vendas online, especialmente após a pandemia da Covid-19.
Isso se deve ao crescimento da internet como um todo. Sem contar o aumento do acesso a computadores, smartphones, e outros dispositivos que nos permitem comprar de qualquer lugar.
O e-commerce, contudo, tem seus limites de lucratividade, além de consideráveis desafios em sua operação que podem reduzir resultados. O marketplace acabou por se tornar o carro chefe do comércio eletrônico no Brasil e no mundo. Hoje, o modelo é responsável por cerca de 80% de toda a receita gerada com vendas pela internet.
Os grandes e-commerces do Brasil estão evoluindo seus modelos “tradicionais” para o Marketplace. Essa evolução tem aumentado de forma significativa a margem de lucro dessas empresas. Nesse modelo essas lojas são apenas os Intermediários. Isso significa que não se preocupam com estoque, logística e com a fabricação dos produtos ou serviços que vendem. Para você ter como exemplo, falamos de Magalu, Americanas, Netshoes, Walmart, Casas Bahia, e Submarino.
Esse modelo já era bastante consolidado no exterior. Falamos de empresas como Amazon, Uber, Airbnb, Alibaba e eBay. A semelhança entre todos esses negócios é que eles são Marketplaces, e não simplesmente e-commerces.
Como montar o seu próprio marketplace
Dado o nosso veredito, vamos te dar algumas dicas de como montar o seu próprio marketplace e começar a lucrar. Vamos lá?
Dica: acesse já o checklist completo sobre como criar um marketplace de sucesso!
Defina um nicho de mercado
Busque empreender em um nicho que seja crescente, ou muito consolidado, ou de baixa concorrência, preferencialmente. Marketplaces abrangentes vão exigir da sua empresa um investimento maior.
Valide o problema
Em grande medida, empreender é resolver dores do seu cliente. Por isso, é preciso entender qual é o problema que seus stakeholders têm e como você pode resolvê-los. Estude o mercado e faça validações com seus leads em potencial.
Escolha o modelo de negócios
Com um nicho definido e com dores validadas, é o momento de entender que modelo de negócio pode te trazer mais lucro diante das circunstâncias: B2B, B2C, C2C, marketplace de produtos ou serviços, entre outros.
Elabore a estratégia de marketing
Antes de começar a vender, é importante entender e definir de que maneira os seus produtos e serviços vão ser comunicados ao cliente. Por isso, as estratégias de marketing devem ser orientadas pelas características do nicho, do problema e do modelo de negócios.
Teste a solução (MVP)
Além disso, nos negócios digitais é comum fazer testes de suas soluções com o mercado, de maneira mais controlada. É o que chamamos de MVP, em português, Mínimo Produto Viável.
É basicamente um protótipo da sua solução, uma versão beta que já pode ser posta para uso comercial. Ela serve como teste inicial que trará feedbacks e insights importantes para aprimorar seu negócio.
Mensure e ajuste
Enfim, o MVP certamente receberá feedbacks – muitos deles negativos. Esse é o propósito. Anote estes retornos e os transforme em melhorias para os produtos e/ou serviços que você oferece. Isso possibilita o desenvolvimento da versão final da solução para o público. O produto ficará muito mais atrativo, eficiente e comercializável.
Cada um destes pontos tem seus próprios detalhes. Por isso, tenha bastante atenção durante todo o processo.
Conclusão
Em conclusão, esperamos que você tenha conseguido entender a diferença entre e-commerce e marketplace. Assim, será possível tomar a decisão mais assertiva para o seu novo empreendimento.
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