Passamos por um momento bastante emblemático na história do mercado e, principalmente, do varejo. Desde 2016, aproximadamente, diversos players do mundo do varejo começaram a experimentar novas ferramentas e abordagens, que deram origem à ideia do Novo Varejo. Mas como será o futuro desse setor?
Neste conteúdo, falaremos sobre as principais tendências do futuro do varejo e quais já estão sendo usadas neste momento. O seu negócio também pode – e deve – embarcar nestas novas estratégias.
Convidamos você a nos acompanhar!
Como será o futuro do varejo?
É impossível prever com exatidão como será o futuro. Contudo, tendências percebidas no presente dão indícios bastante claros de como os principais players do mercado irão se comportar no médio e no longo prazo. Na verdade, esta mudança já vem acontecendo pelo menos desde 2010 e as grandes corporações intensificaram ainda mais o processo de transformação do novo varejo durante a pandemia.
O novo varejo do futuro não nasce apenas das mudanças implementadas pelas empresas. Muito do que as grandes corporações estão desenvolvendo respondem diretamente a interesses dos clientes que têm sido percebidos há tempos. O mercado do varejo se renova para se moldar às demandas de um público cada vez mais interessado em informações, comodidade, engajamento e conexão pessoal com as marcas das quais compra.
A internet já faz parte do varejo há algum tempo. Mas o seu uso e seus recursos estão sendo transformados para a realização do varejo do futuro. Isso inclui, por exemplo, experiências de compra que misturam físico e digital, logística de entrega muito mais sofisticada, mais comodidade e mais informações no ponto de venda, relacionamento aprofundado com o cliente e o uso intensivo de novas tecnologias, que iremos descrever em itens seguintes.
O futuro do varejo passa pela China
Há algumas incertezas sobre como será o futuro do varejo no mundo. Mas também há algumas certezas, e uma delas é a de que a China será o mercado mais relevante do varejo mundial. Na verdade, ela já é! Como as vendas de varejo dependem de um grande número de clientes, o país mais populoso do planeta ocupa posição de destaque por natureza.
Além de vender para o mercado doméstico, a China também já é o principal player quando falamos em varejo internacional (outra tendência que se consolidará ainda mais no futuro). Além de já contar com o grande volume de vendas que seu mercado consumidor promove, a China também tem investido bilhões de dólares para se manter na vanguarda dos avanços tecnológicos de venda, logística e tudo o que diz respeito ao varejo.
O empresário chinês Ming Zeng, que atuou na rede AliBaba por mais de 10 anos, criou uma nomenclatura bastante interessante para definir os posicionamentos de cada empresa no novo varejo. Veja só:
Empresas ponto
Empresas ou indivíduos com uma expertise bastante específica, mas com dificuldades para gerar grande volume de receita dada a sua especificidade e também a ausência de habilidades em negócios complexos. São negócios que dependem da rede para sobreviver.
Pode ser um vendedor de marketplace, um varejista de rua de uma loja pequena ou uma padaria de bairro.
Empresas linha
As empresas linha são empreendimentos que congregam essas empresas ponto oferecendo serviços de suporte e ao mesmo tempo agregando valor à sua operação. Tudo isso também simplifica a experiência e o acesso dos clientes às empresas ponto.
Compreende plataformas de marketplace, shoppings, associações comerciais e outros.
Empresas plano
Empresas plano são grandes corporações que congregam as empresas linha. Mais do que vender diretamente ao cliente final ou prestar serviços a vendedores, as empresas plano ajudam a manter todo um ecossistema comercial do qual dependem milhões de clientes e comerciantes.
É o caso de corporações como Google, Apple, Facebook, AliBaba, Amazon e outras.
Hema: o supermercado futurista do Alibaba
O Hema Supermarket, em Shangai, China, é um dos empreendimentos “vitrine” do grupo AliBaba para tratar do varejo do futuro. Nele se promete oferecer tanto o melhor do mundo on-line como do mundo off-line para quem vai comprar lá.
O cliente precisa baixar o aplicativo antes de entrar no mercado. Uma vez lá, ele tem o mapa do mercado, pode fazer listas de compras, ter acesso a todos os preços atualizados e escanear cada produto para ter informações aprofundadas sobre a mercadoria. Por exemplo: ao escanear um fruto do mar, ele terá acesso à data e ao local em que o peixe foi pescado, os intermediários responsáveis e até mesmo receitas de preparo.
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O novo varejo no Brasil
Normalmente, o Brasil costuma ser um pouco mais tardio do que os países ricos quando se trata de tecnologia e tendências de mercado. No entanto, já temos percebido algumas movimentações interessantes de grandes empresas brasileiras para que o novo varejo não demore a chegar por aqui.
Alguns exemplos são a presença de caixas autônomos nos supermercados, o que facilita a operação do varejista e ao mesmo tempo simplifica a experiência do consumidor.
Além disso, empresas como Amazon Brasil e Mercado Livre potencializaram muito a sua capacidade logística para entregar encomendas aos clientes no mesmo dia ou um dia depois da compra, mesmo que o cliente esteja a milhares de quilômetros de distância do vendedor.
A consolidação das plataformas de marketplace no Brasil também são um indício de que o novo varejo tende a se consolidar por aqui muito em breve. Hoje os marketplaces vendem de tudo: de carros a produtos de quitanda. O modelo oferece vantagens para os clientes, os vendedores(as) cadastrados e o(a) dono(a) da plataforma.
Quais as tendências existentes no Novo Varejo?
As tendências do varejo mostram que neste novo modelo haverá cada vez mais integração entre diferentes partes do mercado, o que inclui cliente, agentes logísticos, plataformas, fornecedores, distribuidores e fabricantes, tudo com grande nível de automação e uso intensivo de inteligência de mercado (BI).
No varejo atual, ainda bastante fragmentado entre comércio físico e digital, os clientes têm uma experiência de imersão reduzida. No novo varejo, o consumidor terá uma experiência integrada a níveis pré, durante e pós-venda.
E, essas tendências devem se aplicar a todo tipo de venda de varejo. Desde a venda de eletrodomésticos e eletrônicos de alto valor até uma simples compra de alimentos no supermercado do seu bairro. Obviamente, para que isso seja possível, muita tecnologia tem sido utilizada e ainda há muitos recursos em desenvolvimento.
Tecnologias para o varejo do futuro
Essas são algumas das tecnologias que vão possibilitar a operação e a evolução do novo varejo para o futuro. Elas já estão em operação e devem se tornar cada vez mais desenvolvidas para a operação dos próximos anos.
Marketplace
O marketplace representa a evolução natural do e-commerce. Por meio de plataformas de marketplace milhares de clientes podem acessar a um grande número de vendedores e prestadores de serviço em um único espaço digital, tal qual um shopping virtual.
A história recente dos marketplaces mostra que este modelo de negócio é extremamente rentável e que continuará se desenvolvendo no novo varejo de maneira integrada com outros modais. Basta ver que muitas empresas, antes do varejo tradicional, também transformaram suas plataformas de vendas em marketplaces, tal como Americanas, Magalu, Casas Bahia e outras.
Esse modelo é uma das formas mais vantajosas e mais usadas para entrar no mundo do novo varejo. Ao criar o seu próprio marketplace, é possível ter um negócio inovador e integrado, além de lucrar por meio de comissões cobradas aos vendedores. Esse formato já está sendo utilizado pelos grandes varejistas, mas também é uma oportunidade para pequenos e médios empreendedores(as).
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Inteligência Artificial
A inteligência artificial e o machine learning são duas tecnologias já muito presentes no mundo do varejo, mas que tendem a ter uma atuação ainda mais profunda no futuro. Nem todo mundo percebe, pois a inteligência artificial atua nos “bastidores” da venda, mas ela proporciona uma experiência positiva tanto a compradores como a vendedores.
O uso de inteligência artificial é muito comum, por exemplo, na precificação de produtos e serviços vendidos no varejo. A variedade de mercadorias comercializadas e a concorrência podem dificultar o ato de dar preços aos produtos. Por isso, a inteligência artificial leva diversos aspectos em conta para propor um preço que seja, ao mesmo tempo, lucrativo e atrativo para o consumidor.
A inteligência artificial, também associada ao uso de big data, é muito utilizada para montar o catálogo perfeito a ser exibido para os clientes em e-commerces e marketplaces.
Experiência Omnichannel
A experiência omnichannel está bastante desenvolvida em mercados estrangeiros, mas já há uma movimentação do mercado brasileiro para também otimizar os esforços de integração entre todos os modais de venda de uma empresa para que o cliente possa ter uma experiência completa.
Na experiência omnichannel, uma empresa varejista terá alto grau de integração entre seu marketplace, suas lojas físicas, seus meios de atendimento digital individuais ao cliente e, eventualmente, seus espaços no metaverso. Assim, um consumidor compra com mais segurança, informação e comodidade de acordo com suas necessidades e demandas.
Realidade virtual e realidade aumentada
A realidade virtual e a realidade aumentada estão cada vez mais presentes no contexto do varejo do presente e do futuro – em total associação com o conceito de metaverso, uma tendência que também mostra grande força.
Por anos as compras digitais eram feitas em sites com catálogos em grid mostrando fotos, descrições, valores e outros detalhes. Com a realidade virtual, será possível se locomover digitalmente dentro de uma loja virtual construída em computação gráfica, “tocar” o produto, ver todos os detalhes da embalagem, além de outras informações, experimentá-lo (se for jogo, música ou livro), entre outros detalhes.
A ideia da realidade virtual e aumentada no varejo do futuro é proporcionar uma experiência de maior imersão ao cliente e torná-lo mais integrado aos produtos e serviços que procura.
Blockchain
A tecnologia blockchain está se desenvolvendo para se tornar cada vez mais segura, eficiente e integrada aos processos de venda do varejo. O blockchain, em termos simples, é uma tecnologia que transaciona e criptografa dados entre milhões de usuários na internet. Cada bloco dessa corrente utiliza algoritmos únicos para assegurar o sigilo, a integridade e a segurança de transações de dados e de valores.
O blockchain hoje está presente no varejo principalmente por meio das criptomoedas. Sempre que uma compra é feita com bitcoin ou alguma outra moeda virtual, a tecnologia blockchain é utilizada para operar a transação em segurança.
No futuro (e já está acontecendo) a tecnologia blockchain será utilizada cada vez mais para a negociação de NFTs (Non Fungible Tokens). Bens virtuais (imagens, itens do metaverso e outros objetos digitais) que até podem ser “printados”, mas que não podem ser copiados pois a tecnologia blockchain assegura a autenticidade daquele arquivo apenas para a pessoa que é sua proprietária.
Big Data Analytics
O uso de big data tem sido cada vez mais intenso nas empresas para diversas finalidades. No varejo do futuro, dados coletados de usuários de todo o mundo poderão permitir às empresas tomar decisões mais assertivas quanto às movimentações do consumo, as tendências de mercado, os interesses dos clientes e como as redes sociais se comportam em relação às marcas, produtos e serviços.
Vale lembrar também que não existe apenas big data de clientes. Fornecedores também geram dados profundos que empresas podem utilizar para entender de onde é mais rentável adquirir seus estoques e ter uma operação muito mais eficiente.
Conclusão
Muito tem-se estudado sobre o varejo do futuro. Grandes varejistas, pesquisadores, cientistas e empresas de tecnologia querem compreender de que forma as lojas podem ser mais completas e atender de forma mais ampla às necessidades do cliente, que também é cada vez mais exigente. No varejo do futuro, todos saem ganhando.
E, uma das alternativas para você entrar nesse mundo do novo varejo é criar um marketplace.
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