Quanto cobrar pelos produtos e serviços vendidos em seu marketplace ou em sua loja virtual? A precificação é um dos principais fatores estratégicos que empreendedores precisam levar em conta durante a sua operação cotidiana e também em seu planejamento estratégico. O markup pode ser um grande aliado neste contexto.
Este conteúdo traz para você o conceito de markup, sua importância, como calculá-lo e também explica mais a fundo algumas de suas principais vantagens quando falamos de precificação de produtos e serviços. Para saber mais, acompanhe com a gente!
O que é markup?
Markup é um dos métodos mais utilizados para precificação de produtos e serviços. Efetivamente, é uma base de cálculo que leva alguns fatores em conta para que os empreendedores e vendedores possam estipular qual é o valor ideal a se cobrar nas mercadorias que comercializam. Na prática, é um fator de cálculo para estabelecer quanto deve ser cobrado acima do valor de custo de um produto ou serviço.
Graças à sua fórmula relativamente “universal”, o markup pode ser utilizado e aplicado em quase todo tipo de modelo de negócio com grande efetividade e pouca dificuldade, uma vez que é um cálculo bastante simples. O markup é calculado como porcentagem, sendo aplicado posteriormente ao valor de venda.
O que compõe o markup?
O markup é composto por alguns fatores que estão diretamente conectados aos produtos e serviços comercializados, bem como à operação do negócio como um todo:
- Despesas fixas;
- Despesas variáveis;
- Margem de lucro;
- Custos de produção (que compreende as despesas fixas e variáveis);
- Preço final/preço de venda.
Diferença entre margem, markup e CMV
Esses três conceitos se relacionam, mas não são a mesma coisa. Veja só:
- Margem de lucro: porcentagem líquida do excedente de valores obtidos na venda de um produto. Se o produto foi comprado por R$ 100 e vendido por R$ 150, a margem de lucro é 50%.
- Markup: base de cálculo para precificação que leva a margem de lucro em conta como uma das componentes da equação. Se você teve X de custos fixos, Y de custos variáveis e quer uma margem de lucro de Z%, seu valor final deve ser A.
- CMV: o CMV é uma forma de calcular os custos totais de uma venda (custo por mercadoria vendida). Ele considera todo tipo de custo e despesa que uma empresa tem ao vender: compra de estoque, transporte, distribuição, armazenamento, custos de tecnologia, custos de venda, entre outros.
Markup no e-commerce e marketplace
Como foi falado anteriormente, o markup tem sido utilizado com grandes resultados em quase todo modelo de negócios. E isso inclui os comércios digitais, tanto no e-commerce mais tradicional, como no marketplace. No entanto, eles são vistos de formas um pouco diferentes.
Para quem vende em e-commerce, o markup é bem similar ao de uma empresa convencional de varejo. No entanto, para quem vende em marketplace, também é preciso considerar dentro dos custos fixos os valores destinados às comissões e taxas direcionadas à plataforma.
Já para quem tem um marketplace, o cálculo do markup não serve para definir o custo final dos produtos, mas sim para definir as comissões e taxas que a plataforma irá cobrar, haja vista que essas são suas principais fontes de receita.
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Vantagens do markup
Não é à toa que o markup é um dos métodos de cálculo de preços finais mais utilizados no mercado. Ele proporciona diversos benefícios às empresas que o utilizam da maneira correta. Acompanhe:
Mais rentabilidade
No geral, o markup é uma das fórmulas de precificação que gera mais rentabilidade. A partir do seu cálculo, a empresa não cobrará menos do que o valor mínimo para prejudicar sua margem de lucro, mas também não cobrará mais do que um preço que seja desinteressante para o consumidor. É uma forma bastante realista, com cálculo simplificado.
Evita falhas
Falhas na precificação podem ter efeitos muito negativos à operação de qualquer negócio, levando ao prejuízo ou à perda de oportunidades de negócios. Como o markup leva em consideração de maneira individualizada toda a estrutura de custos da empresa, as falhas humanas tornam-se menos recorrentes e a tomada de decisões torna-se mais efetiva.
Definir a margem de lucro
O markup deixa a critério do empreendedor qual é a margem de lucro que ele deseja obter com a venda de um produto. O que acontece muitas vezes é que o empresário deseja ter uma determinada margem de lucro, mas ao realizar o cálculo do markup, ele percebe que o valor a ser cobrado é pouco acessível ao seu consumidor médio ou o contrário, ser muito barato. Isso dá à gestão a possibilidade de ajustar sua política de preços com mais clareza e ciência de riscos e potencialidades.
Controlar os gastos
Como você verá em tópicos a seguir, a fórmula do markup considera os gastos como fatores detalhados dentro da equação. Ou seja, custos fixos e custos variáveis são combinados, mas cada um representa um elemento da fórmula. Assim, a cada período definido por sua empresa é possível atualizar os valores com facilidade e aplicar nova precificação.
Oferecer promoções com facilidade
Outra vantagem bacana do markup é que seu cálculo permite uma certa flexibilidade para momentos em que a sua empresa queira fazer promoções e reduzir o preço final dos produtos sem comprometer consideravelmente a margem de lucro.
Como calcular o markup,
Vamos falar de números. Você verá que o cálculo do markup na verdade é bastante simples. A fórmula é a seguinte:
Markup = 100/100 – (DF + DV + ML)
Em que: Markup é a porcentagem que queremos descobrir.
DF: porcentagem de despesas fixas sobre o custo de produção.
DV: porcentagem de despesas variáveis sobre o custo de produção.
ML: margem de lucro sobre o custo de produção.
Exemplo de markup
Ainda está achando bastante abstrata a equação? Temos exemplos de como estes dados são aplicados na prática. Veja só:
João tem um e-commerce de pesca. Um dos modelos mais procurados de vara de seu site tem um preço de custo (compra de estoque) de R$ 100 por unidade. João quer saber por quanto ele deve vender este produto para que tenha uma margem de lucro de 25%.
A resposta “óbvia” seria: vender por R$ 125. Acontece que aí entram em cena os custos fixos e variáveis da gestão do seu negócio. Para esse exemplo, vamos considerar fixos 8% e variáveis 7%. Vamos aplicar a equação:
Markup = 100 / 100 – (8+7+25)
= 100 / 100 – 40
= 100/60
= 1.66%
O valor ideal para que João tenha o lucro de 25% na compra de cada vara será do preço de custo (R$ 100) multiplicado pelo markup (1.66%). Logo: R$ 166.
Qual é o markup ideal?
Diversos fatores influenciam no markup das vendas. Alguns produtos são difíceis de vender a altas margens de lucro. Outros, por sua vez, têm altos custos de produção. Mas, em linhas gerais, o aconselhável é que o markup, em geral, esteja acima de 1.5 (50%). Isso significa que seu produto sempre será vendido a pelo menos 50% mais caro do que seu valor de produção.
Como ter um markup saudável?
Entretanto, ter um markup alto nem sempre significa que a empresa está tendo uma operação eficiente. Especialmente, se levarmos em consideração que os parênteses da equação envolvem dois tipos de despesa e a margem de lucro. Se as despesas se mostrarem igualmente significativas à margem de lucro, o seu produto pode ficar caro demais, fazendo com que você sacrifique a sua lucratividade.
O ideal é que as despesas não ocupem (em porcentagem), mais do que ⅔ da margem de lucro. Assim, o seu negócio tem alguma “gordura” para queimar no caso da realização de uma promoção, ou possa fazer um reajuste de preços sem prejudicar muito o interesse dos seus compradores. No fim das contas, o que interfere no markup é a eficiência do seu negócio e as decisões que você toma.
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Conclusão
A precificação de produtos e serviços precisa ser feita de maneira estratégica, mas acima de tudo, baseada em dados. Entenda a fundo a sua estrutura de despesas fixas e variáveis para fazer os cálculos de precificação mais corretos. Adeque sua margem de lucro ao seu momento do negócio e às suas expectativas de crescimento, mas sem tornar seu negócio caro demais.
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