Quando pensamos em um shopping center, pensamos em centenas de lojas diferentes visitadas por milhares de clientes todos os dias. Você sabia que um shopping marketplace funciona da mesma forma, só que na internet? Esse modelo de negócio está cada vez mais presente e em crescimento no Brasil e no mundo.
Neste conteúdo, iremos explicar o que é um shopping marketplace, como esse tipo de empreendimento funciona, como você pode abrir o seu próprio marketplace. Além de algumas boas práticas de gestão e planejamento para o seu novo negócio virtual. Por isso, recomendamos que você acompanhe nosso artigo até o fim!
O que é shopping marketplace?
A melhor analogia que podemos fazer para um marketplace é compará-lo com um shopping virtual. Pense da seguinte maneira: um e-commerce convencional é como uma loja virtual. Nele, uma única empresa oferece seus produtos e serviços para uma base limitada de clientes.
Quando pensamos em um marketplace, estamos tratando de uma realidade muito mais sofisticada. Aqui, tal qual um shopping, milhares de vendedores diferentes oferecem mercadorias e serviços para uma base muito maior de clientes. Nesse sentido, o marketplace se posiciona como uma evolução técnica e comercial sobre as lojas digitais.
Apesar disso, engana-se quem pensa que para ser um marketplace é preciso já nascer grande. Donos de e-commerces podem abrir um marketplace, bem como empreendedores de outros segmentos e até mesmo shoppings físicos podem abrir o seu próprio marketplace para operar com melhores resultados.
Como funciona um marketplace?
Entender que um marketplace funciona de forma similar a um shopping center facilita muito a compreensão sobre esse modelo de negócio.
Mas, basicamente, o marketplace funciona como uma plataforma que intermedia compradores de produtos e tomadores de serviços a vendedores e prestadores. Para realizar essa aproximação entre os agentes interessados, o marketplace recebe uma contrapartida, na maioria das vezes na forma de comissão por transação. Ou seja: sempre que um negócio é concretizado, o marketplace recebe uma porcentagem do valor transacionado.
Embora essa não seja a única forma pela qual os marketplaces obtêm sua receita, o modelo de transição é o mais comum. Mas também é possível cobrar por anúncio, por negociação ou outros formatos de capitalização para o marketplace.
Vantagens de criar um marketplace
Para quem tem um e-commerce ou empreende em outro tipo de negócio, ou até mesmo quem está pensando em criar um negócio digital, é bacana ficar ligado aos diversos benefícios que o modelo de marketplace pode te oferecer. Veja só:
- Negócio escalável: marketplaces são negócios escaláveis por natureza. Ou seja, nesse tipo de empreendimento, a sua rentabilidade aumenta em uma proporção maior do que a sua estrutura de custos e despesas, o que facilita o crescimento da empresa, bem como da sua lucratividade.
- Gestão simplificada: quem tem um marketplace tem menos necessidade de pessoal e de investimentos com bens físicos. Isso acontece porque marketplaces são mediadores de negócios quase sempre sem estoque próprio. Ou seja, são necessários apenas esforços de gestão para fazer um marketplace prosperar.
- Custos operacionais relativamente baixos: Visto que os cuidados com pessoal, estoque físico e outras estruturas são reduzidos, marketplaces possuem um custo operacional reduzido, quando comparados com e-commerces de um porte semelhante.
- Autonomia e poder de decisão: quem vende em outras plataformas já está acostumado a pagar comissões e seguir regras que, às vezes, comprometem o desempenho das vendas da loja. Ao ter o seu marketplace, você define as estratégias e os padrões esperados dos vendedores.
Tipos de marketplace
O modelo de marketplace é bastante desenvolvido e já possui diversos tipos de operação cada vez mais lucrativas no mercado. As duas principais classificações são:
Marketplace de produtos
Marketplaces de produtos vendem mercadorias diversas, tanto para consumidores finais, como para outras empresas. Basicamente, a plataforma de marketplace abriga diversas outras lojas virtuais que oferecem seus produtos e ficam responsáveis pela entrega quando um negócio é fechado.
Os marketplaces de produtos podem existir tanto no varejo, como no atacado, e esse foi o primeiro modelo de marketplace que começou a prosperar no mercado, destacando players como Amazon, eBay, Mercado Livre e AliExpress.
Marketplace de serviços
Os marketplaces de serviços se desenvolveram muito nos últimos tempos, em especial com a expansão e a popularização da economia compartilhada, ou seja, você não precisa ser dono dos bens que usa, uma vez que pode contratar os serviços de proprietários desses bens.
Os marketplaces de serviços operam, principalmente, na área dos transportes, da hospedagem, do delivery e dos alimentos. Mas ele também está presente em outros formatos, como em serviços de saúde, educação, consultoria e outros.
Os marketplaces de serviços, via de regra, atendem principalmente ao mercado de consumidores finais, mas eles também podem operar atendendo empresas. Alguns dos players mais expoentes neste setor são Uber, 99, AirBnb, Buser, Zé Delivery, iFood e outros.
Exemplos de marketplace
Agora que você já sabe o que é o modelo de marketplace, como ele funciona, vamos trazer alguns exemplos dos marketplaces mais conhecidos e utilizados pelo público.
Amazon
A Amazon dispensa apresentações. Ela é, até o momento, o maior marketplace do mundo, com atuação direta em mais de 70 países e serviços de exportação para mais de 150 nações. Além de oferecer serviços de marketplace, a Amazon também possui uma linha própria de produtos que ajuda a tornar seu catálogo bem mais interessante.
A corporação, fundada pelo empresário Jeff Bezos, investe continuamente em tecnologia em diversas frentes. Nos EUA, por exemplo, eles já investem em mercados totalmente digitais e entregas feitas por drones.
IFood
O iFood é um dos principais marketplaces do Brasil, presente nas médias e grandes cidades do país, oferecendo delivery de alimentos e bebidas, além de intermediar diretamente a entrega dos alimentos com a contratação de entregadores parceiros.
O iFood é, há alguns anos, o principal player do setor de delivery no Brasil. Com a Uber Eats encerrando suas atividades no país, a hegemonia da marca iFood se tornou ainda mais consolidada. Mais recentemente, a empresa fechou uma parceria com uma fabricante de veículos elétricos para fornecer motos elétricas a entregadores com preços baixos.
Mercado Livre
O Mercado Livre é o maior marketplace da América do Sul. Apesar de ter sido fundado na Argentina, o Mercado Livre tem no Brasil o seu principal mercado, com milhões de compras feitas todos os dias. O Mercado Livre é um marketplace híbrido, atuando nos mercados B2B, B2C e C2C (consumidor para consumidor).
Recentemente, com o crescimento da corporação, o Mercado Livre também abriu a sua própria operadora logística, Mercado Envios, e a sua instituição financeira, Mercado Pago, consolidando sua atuação em diversas frentes.
Enjoei
O Enjoei é um marketplace muito bacana que opera principalmente no formato C2C, ou seja: consumidores finais têm a oportunidade de comercializar produtos artesanais ou mercadorias de segunda mão por meio dessa plataforma. Ela é uma ótima oportunidade para obter preços incríveis em produtos usados, especialmente, roupas e eletrônicos.
Elo7
A Elo7 é um marketplace bastante peculiar: ela é focada totalmente em produtos artesanais feitos por diversas pessoas em todo o Brasil. A maioria dos produtos são roupas, itens de decoração, utilidade, produtos personalizados, brindes e afins. É realmente um marketplace muito interessante de se acompanhar, cheio de ofertas a preços baixos para quem gosta de produtos feitos em pequena escala.
Dica: descubra qual é a melhor plataforma para criar seu marketplace, neste e-book!
Um shopping center pode se tornar um shopping marketplace?
Uma tendência recente que também tem acontecido no mercado é a iniciativa de shoppings centers físicos abrirem marketplaces e também operarem nesse modelo digital. Basicamente, eles fecham acordos com suas lojas físicas (e também com outras lojas, mesmo que não estejam no shopping), e também oferecem seus produtos em uma plataforma digital unificada.
Vantagens da digitalização dos shoppings
Os shoppings perceberam que o modelo de marketplace, além de muito atrativo, também é bastante flexível, podendo compreender até mesmo suas operações já consolidadas. Por isso, a migração dos shoppings para este formato é bastante natural. Por diversos motivos:
- Acesso a maior rede de clientes: em um shopping, os clientes estão limitados ao alcance geográfico. No marketplace, não há limites.
- Aceitar mais vendedores: o shopping físico depende dos seus lojistas internos. Ao abrir um marketplace, pode-se oferecer produtos de muitos outros vendedores.
- Uma nova fonte de renda a baixo custo: shoppings são empreendimentos caros de se manter. Com apenas uma parcela do orçamento já é possível abrir um bom marketplace para a empresa.
- Vendas 24/7: um shopping center tem hora de fechar e abrir. O marketplace pode vender a qualquer momento do dia.
Exemplos de shoppings físicos que abriram marketplaces
Grandes players desse segmento já estão investindo pesado na abertura de bons marketplaces, a fim de se consolidar também no mercado digital. Veja alguns exemplos:
Iguatemi 365
A Iguatemi 365 é o marketplace que reúne produtos oferecidos em todas as unidades dos shoppings Iguatemi em São Paulo e outras cidades. A plataforma tem promoções especiais para o comércio digital e facilita muito ao cliente a compra de produtos de mais de 400 lojas com condições especiais.
Parque Dom Pedro Shopping
O Parque Dom Pedro Shopping, localizado em Campinas-SP, também possui um marketplace próprio para oferecer seus produtos a clientes que não estão presencialmente no estabelecimento. A plataforma é bastante intuitiva e os clientes podem adquirir produtos de centenas de lojistas com um preço bastante interessante.
Como criar seu próprio marketplace
Você também pode criar o seu próprio shopping marketplace. Veja abaixo um passo a passo de como o seu novo empreendimento digital pode estar muito próximo de acontecer!
Faça uma pesquisa de mercado
O primeiro ponto é escolher o seu nicho de mercado. Mas essa escolha precisa ser feita a partir de pesquisas de mercado bem consolidadas. Você pode utilizar as redes sociais e ferramentas online para detectar tendências de mercado, ou ainda contar com o serviço de consultorias especializadas neste tipo de pesquisa.
Outro ponto aqui é também pesquisar sobre a economia e sobre os seus possíveis concorrentes. Afinal de contas, esses dois elementos externos podem ter grande impacto no seu negócio, para melhor ou para pior. Vale sempre a pena estar ligado nisso.
Defina um segmento específico
Outro aspecto interessante é escolher um segmento específico para o seu novo negócio. Isso pode até parecer paradoxal, uma vez que, em tese, isso limita a sua quantidade de possíveis compradores. Entretanto, é a delimitação de segmento que irá proteger o seu marketplace de concorrentes muito consolidados com atuação genérica – como Amazon e Mercado Livre.
Contrate uma plataforma de marketplace
Esse passo diz respeito à tecnologia que você utilizará no seu negócio. É muito importante contratar uma plataforma sólida, segura e ágil para operar o seu marketplace com resultados assertivos. As opções no mercado são várias, mas nem todas foram desenvolvidas especialmente para atender a marketplaces e escalar junto com seu crescimento.
O Ideia no Ar é certamente a plataforma mais adequada para o seu novo negócio, pois suas funcionalidades e possibilidades de customização deixarão o seu shopping virtual muito mais funcional para você, para os clientes e também para os vendedores.
Conheça seu público
Conhecer o público também é uma forma de potencializar seus ganhos e reduzir consideravelmente os riscos que o seu negócio corre. Você pode entender o seu público a partir dos produtos e serviços que a sua empresa pretende oferecer, definindo um cliente ideal. Ou ainda, perceber quais nichos de mercado não estão sendo suficientemente atendidos pelas opções atuais e partir para esse ramo.
Atraia oferta e demanda
Utilize campanhas de marketing digital combinando estratégias inbound e outbound para atrair novos clientes e fidelizá-los. Lembre-se que, ao gerenciar um marketplace, você também precisa atrair novos vendedores para o seu negócio.
Por isso, também será necessário definir uma persona para o vendedor e utilizá-la como ponto de partida para campanhas de atração de vendedores de alta qualidade.
Avalie e adapte
Lembre-se sempre de gerar dados da sua operação. Assim, será possível consolidá-los e obter insights a partir destas informações usando gráficos e dashboards. A avaliação dos seus resultados é muito importante porque, para crescer, sempre será necessário realizar mudanças operacionais e de planejamento para que a empresa supere obstáculos e tenha uma operação mais eficiente.
Dica: Quer ter seu próprio marketplace de sucesso? Acesse já o checklist completo e gratuito!
Conclusão
Um shopping marketplace pode ser a opção certa para você que deseja abrir um novo negócio. Como você pode ver nesse conteúdo, diversas empresas e empreendedores estão apostando nesse modelo de negócio com bastante sucesso e custos relativamente reduzidos. Esse e outros de nossos conteúdos podem ser muito úteis para você compreender este mercado e investir de forma mais inteligente.
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