O desenvolvimento de soluções inovadoras exige um pensamento inovador. Com isso em mente, diversas técnicas de criação, aprimoramento e modificação de produtos e serviços foram desenvolvidas recentemente. Uma destas estratégias é chamada de Design Thinking, voltada totalmente às necessidades e características do cliente.
Neste conteúdo, vamos falar mais sobre o conceito de Design Thinking, além de dar alguns exemplos sobre como você pode utilizar estas ideias no dia a dia do seu marketplace, de forma a gerar soluções mais completas e agregar mais valor para o seu negócio. Acompanhe conosco!
O que é Design Thinking?
O design thinking é uma abordagem para resolver problemas e gerar ideias, tendo as pessoas como foco. O termo apareceu pela primeira vez no livro The Science of the Artificial, de Herbert A. Simon, em 1969.
Em outras palavras, essa abordagem tem como objetivo propor soluções inovadoras, levando em conta a perspectiva dos clientes. O design thinking é também um processo de pensamento criativo, que permite organizar as ideias e tomar decisões.
Não existe uma fórmula mágica dessa abordagem, e sim diferentes métodos e ferramentas relacionados a ela. Normalmente, o processo envolve a colaboração de diversos profissionais de áreas e habilidades distintas.
Além disso, o design thinking pode ser usado para vários propósitos. Por exemplo, criar um novo serviço ou produto, melhorar processos em uma empresa ou até mesmo criar o seu próprio negócio.
Etapas do Design Thinking
Geralmente, o processo de design thinking apresenta quatro etapas:
1. Imersão
O primeiro passo é se aprofundar no problema que você precisa solucionar. Faça uma verdadeira imersão, sem ainda se preocupar com as soluções para as questões que surgirem.
Ou seja, se você precisa melhorar o seu produto ou serviço, colete o máximo de informação sobre isso. Lembre-se de ter uma visão ampla e interdisciplinar. Por isso, peça a opinião de clientes e fornecedores, por exemplo.
Ainda, avalia tanto aspectos internos quanto externos. Isto é, avalie seus concorrentes, faça benchmarkings, pesquise dados do mercado e converse com parceiros.
2. Ideação
Depois de mergulhar no problema e entendê-lo por completo, é hora de pensar nas soluções. Esse é o momento de gerar ideias relevantes de forma colaborativa.
Para isso, é preciso estimular a criatividade e contar com um olhar diverso. Tente não julgar as ideias alheias e sim avaliar com cautela o que faz sentido ou não.
Ainda, nessa etapa podem ser usadas técnicas como o Brainstorming, em que as ideias são sugeridas e debatidas em grupo.
3. Prototipação
Após discutir várias ideias, é preciso filtrá-las e selecionar as mais relevantes. Aqui, não há
tanta regra: você pode fazer a seleção em grupo ou deixar isso para os gestores da empresa, por exemplo.
Mas, o mais importante é criar protótipos da sua ideia antes de colocá-la em prática de fato. Ou seja, primeiro é recomendado testar as soluções de maneira simples. Então, você deve avaliar os resultados e se eles forem positivos, é possível investir mais nessa ideia e aprimorá-la.
Por exemplo, se você decidiu criar uma plataforma online, seja uma loja virtual ou um marketplace. Em um primeiro momento, o ideal é testar a sua ideia com plataformas gratuitas. Depois, se os resultados forem positivos, você pode investir em uma tecnologia de maior qualidade.
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4. Desenvolvimento
Depois de prototipar, a última etapa do design thinking é colocar a sua ideia em prática de vez! Nesse estágio, geralmente é bem importante investir em divulgação. Elabore uma boa estratégia de comunicação e marketing digital. Para isso, pode ser interessante contar com uma agência ou profissionais freelancer.
Além disso, lembre-se que o trabalho não acaba por aqui. Afinal, é fundamental sempre acompanhar seus resultados e fazer ajustes sempre que necessário.
Por que investir no design thinking?
Técnicas de design thinking são rentáveis para empresas com abordagens inovadoras de atuação. Elas ajudam a reduzir o custo de desenvolvimento de novas soluções, além de proporcionar uma abordagem voltada ao cliente que permite testes reais e ajustes antes que um novo produto ou serviço possa ser explorado comercialmente. Isso tudo também diminui riscos e eleva as chances de sucesso das novas iniciativas.
Além disso, vale a pena investir em Design Thinking porque esta abordagem não exige tantos recursos que a empresa já não gastaria de qualquer jeito. Por isso, o baixo custo de implementação associado a uma visão colaborativa são uma combinação bastante rentável para o desenvolvimento de soluções assertivas ou a resolução de problemas de maneira ágil.
Vantagens do Design Thinking
A abordagem do design thinking pode gerar muitas vantagens tanto para quem empreende quanto para os consumidores. Veja só:
Atração e fidelização de clientes
O design thinking faz com que o empreendedor e seus colaboradores tenham toda a sua atenção no cliente. Isso permite compreender melhor o seu público-alvo, bem como atender suas necessidades. Assim, fica muito mais fácil oferecer uma solução que atraia e fidelize consumidores.
Senso crítico
Essa abordagem também possibilita maior senso crítico, além de uma análise mais ampla sobre um negócio. Assim, é possível avaliar tanto fatores micro quanto macro.
Muitas vezes, no dia a dia profissional, as pessoas perdem a capacidade de questionar as ações e avaliar se elas realmente trazem resultado. Mas, o design thinking estimula justamente esse olhar aguçado e focado em alcançar objetivos com base na experimentação.
Engajamento
Outra grande vantagem do design thinking é a possibilidade de engajamento dos colaboradores. Afinal, essa abordagem incentiva a autonomia dos funcionários, que podem gerar ideias e desenvolver projetos criativos.
Ainda, os clientes se sentem mais engajados, pois passam a ser ouvidos e a receberem um serviço ou produto mais adequado aos seus desejos.
Quais ferramentas podem ser usadas no processo de design thinking?
Para aplicar o design thinking em empresas, muitas vezes são usadas algumas ferramentas que facilitam o processo. Por exemplo o brainstorming, o mapa de empatia e o MVP.
Mapa de empatia
Na fase de imersão, uma técnica possível é o mapa de empatia. Essa é uma ferramenta desenvolvida por Dave Gray e Alex Osterwalder, com o objetivo de construir um panorama do problema analisado.
O mapa tem seis espaços que devem ser preenchidos, com perguntas relacionadas ao seu problema ou cliente. As questões permitem que você se coloque no lugar do outro, para criar soluções mais assertivas:
-O que ele pensa e sente?
-O que ele escuta?
-O que ele vê?
-O que ele fala e faz?
-Quais são suas dores?
-Quais são seus desejos?
Brainstorming
O brainstorming é ideal para ser aplicado na fase de ideação. Essa técnica é uma espécie de tempestade de ideias. Ou seja, as pessoas têm total liberdade para expressar suas propostas e quanto mais ideias, melhor!
Afinal, mesmo ideias que parecem sem sentido no início, podem ser complementadas com outros pensamentos. Também é importante não desviar o foco do assunto proposto e motivar todos a se sentirem à vontade para expor sua opinião.
MVP
O MVP (Mínimo Produto Viável) é uma técnica bem conhecida, principalmente no mundo das startups. Ela é ideal para ser usada nas duas últimas etapas do design thinking.
Um MVP nada mais é do que um protótipo ou um teste do seu produto ou serviço. Essa técnica serve para verificar o desempenho da sua solução antes mesmo dela ser lançada.
Dessa forma, o foco é criar uma solução que seja o mais próximo da realidade possível. Porém, de forma simples e sem grandes investimentos.
Práticas possíveis com o Design Thinking
Muito se fala em Design Thinking para o desenvolvimento de produtos e serviços. Mas ele também pode ser aplicado em outras circunstâncias bastante interessantes. Veja só:
Design Thinking nas empresas
Muito se fala sobre o Design Thinking ser orientado a partir das dores e demandas de clientes. Neste caso, orientamos o desenvolvimento de ideias e soluções para a equipe de uma empresa. Com isso, podem ser solucionados diversos problemas que prejudicam a produtividade do time, ou ainda, a realização de incrementos que tornam a experiência dos colaboradores muito mais proveitosa.
Por isso, o Design Thinking tem sido uma abordagem cada vez mais presente entre as equipes de RH das empresas, que abandonam um comportamento engessado para inovar e concentrar esforços no desenvolvimento pessoal e profissional das equipes.
Design Thinking na Educação
O Design Thinking também tem sido utilizado com bastante sucesso para o desenvolvimento de conteúdo educacional em todos os níveis, da educação infantil à pós-graduação, também incluindo o ensino profissionalizante.
Essa perspectiva quebra em parte a abordagem linear da educação, que é muito tradicionalista. São introduzidas novas técnicas baseadas nas especificidades de cada grupo de estudantes, bem como tecnologias que incentivam a interação e o aprendizado colaborativo.
Exemplos de design thinking
Muitas empresas de sucesso utilizam o design thinking nos seus processos. Vamos ver alguns exemplos?
Airbnb
O Airbnb é um marketplace de aluguel focado na hospedagem compartilhada. No início, o negócio quase não deu certo. Os empreendedores não conseguiam entender o desejo dos seus clientes.
Então, eles decidiram apostar no design thinking. Dessa forma, perceberam que, devido à má qualidade das fotos, os usuários tinham medo de se hospedar pelo aplicativo. Após as mudanças, o Airbnb cresceu 30%.
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Havaianas
Hoje, a Havaianas não vende apenas chinelos, mas uma ampla gama de produtos. Para lançar a sua linha de bolsas, a empresa utilizou o design thinking, entrevistando consumidores em todo o país.
Ou seja, a marca ouviu seus clientes, entender suas necessidades, fez um protótipo e só depois lançou o produto durante a São Paulo Fashion Week.
UberEats
O Uber é um marketplace de serviços que aplicou o design thinking para criar o UberEats, seu aplicativo de delivery. Antes de lançar a nova solução, a empresa consultou donos de restaurantes e clientes em mais de 80 cidades do mundo.
Como aplicar o Design Thinking ao seu marketplace?
Para você criar um marketplace, o design thinking pode ser uma abordagem extremamente importante. Ela pode estar presente desde a criação da sua plataforma até o dia a dia do negócio.
O primeiro passo é definir e pesquisar bem o seu nicho de mercado. Para isso, é importante conversar com vendedores e clientes reais, que possam utilizar o seu marketplace. Por exemplo, você pode fazer entrevistas, questionários ou até grupos de discussão.
O mais importante é entender a realidade deles e quais são as suas necessidades e desejos ao utilizarem uma plataforma de vendas online. Busque compreender também quais são as expectativas deles. Ou seja, quanto de lucro eles pretendem ter e quais benefícios esperam do seu marketplace.
Aliás, a estratégia do mapa da empatia pode te ajudar bastante nesse processo. Todas essas informações vão te ajudar tanto na criação do seu modelo de negócios como na elaboração das estratégias de marketing.
Além disso, é importante prototipar e validar a sua plataforma por meio de um MVP, com plataformas gratuitas como o Wix ou WordPress. Se os resultados foram promissores, você pode colocar a sua ideia em prática, utilizando plataformas de marketplace profissionais, como o Ideia no Ar.
Conclusão
Utilizar técnicas de Design Thinking para abrir um novo negócio ou otimizar a atuação do seu marketplace pode ser uma decisão extremamente positiva. Esta abordagem voltada totalmente aos interesses dos clientes promove uma inovação mais flexível, baseada em insights precisos.
Por isso, prossiga pelas quatro etapas descritas neste conteúdo com bastante atenção a cada desafio. Assim, os objetivos do seu negócio podem ser atingidos mais rapidamente, com expansões sucessivas em indicadores.
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