Guia completo sobre e-commerce
Milhões de pessoas estão encontrando no e-commerce a oportunidade para fazer bons negócios. O comércio virtual é hoje um espaço em franca expansão, cheio de exemplos de empreendimentos bem sucedidos, com crescimento rápido. Via de regra, são negócios fáceis de gerenciar e com baixo investimento inicial.
Por isso, hoje o Ideia no Ar oferece a você um guia completo sobre e-commerce. Neste material você vai conhecer mais sobre o que é e-commerce, alguns exemplos deste tipo de negócio e como criar uma loja virtual para começar a faturar. Portanto, quer saber mais? Acompanhe conosco este conteúdo até o fim!
Sumário
2 Como funciona um e-commerce?
3 Diferença entre e-commerce e marketplace
5 Vantagens e desvantagens do e-commerce
7 Tipos de e-commerce pelo canal de venda
O que é e-commerce?
Em primeiro lugar, vamos entender o que é e-commerce. Traduzindo ao pé da letra, e-commerce define um comércio eletrônico. Ou seja, um modelo de negócio no qual clientes conseguem adquirir produtos e serviços utilizando meios totalmente digitais, sem a necessidade da interação física entre compradores e vendedores.
Contudo, esta é uma descrição bastante genérica, porém que resume a ideia principal: o cliente realiza as suas compras pela internet. Portanto, ao longo deste conteúdo você poderá ver que o e-commerce pode se ramificar em diferentes formatos, baseados em quem vende, quem compra e como são realizadas estas transações.
Os primeiros e-commerces do mundo nasceram nos Estados Unidos no fim da década de 1980. Nos anos 1990 o comércio eletrônico já estava se consolidando por lá, com o surgimento de alguns players que são muito relevantes até hoje, como o eBay em 1995 e a Amazon, em 1994.
No Brasil, o primeiro e-commerce de grande volume de vendas foi a Magazine Luiza, que abriu um site dedicado de vendas virtuais em 1997. Desde então, milhões de e-commerces “abriram suas portas” e começaram a operar com grande sucesso.
Como funciona um e-commerce?
O funcionamento de um e-commerce é bastante lógico. O cliente usa sites, redes sociais ou aplicativos para encontrar os produtos e serviços que precisa. Depois, ele seleciona o que deseja e realiza o pagamento. Na maioria das operações de e-commerce, o pagamento é feito por cartão, boleto ou PIX, por meio de um intermediador externo. Mas, também existem operações nas quais o pagamento é presencial.
Porém, diferentes e-commerces possuem formatos distintos de funcionamento. Por isso, vamos falar de alguns exemplos para que você possa entender melhor.
Tipos de e-commerce
- Loja virtual: um e-commerce “tradicional”. Aqui, uma loja virtual vende seus produtos para um consumidor final ou uma outra empresa. É uma relação comercial bastante simples, realizada por meio da internet. Aqui o e-commerce conta com estoque próprio.
- Dropshipping: no dropshipping, o e-commerce ainda se posiciona como uma loja virtual. Porém, com a diferença principal de que ele não conta com estoque próprio. O e-commerce vende mercadorias que ainda estão sendo fabricadas ou que estão alocadas no estoque dos distribuidores.
- Marketplace de produtos: o marketplace representa a evolução do conceito de e-commerce. Por causa deste modelo de negócio, um único site pode reunir milhares de vendedores. Assim, aumentam as chances de vendas, ao passo em que o cliente conta com mais variedade de oferta e concorrência. Na compra de produtos, ele realiza a compra e o marketing media o negócio.
- Marketplace de serviços: similar ao marketplace de produtos. Porém, o que se vende aqui são serviços. Hoje, os serviços mais frequentes vendidos em marketplace são transportes pessoais, entregas, hospedagem e serviços de freelancer. No marketplace, o empreendedor fatura cobrando taxas e comissões dos compradores em cada venda realizada.
No próximo item vamos descrever com mais detalhes as diferenças entre e-commerce e marketplace. Em resumo, elas se manifestam em seu potencial de ganhos e na sua rotina administrativa do empreendimento.
Diferença entre e-commerce e marketplace
Quer abrir um e-commerce? É muito importante pensar sobre o modelo do seu negócio e como isso influencia no seu trabalho diário. Desta forma, você consegue optar pela solução que mais se encaixa às suas necessidades e potencialidades. Vamos falar das diferenças em três principais frentes:
- Modelo de negócio;
- Potencial de rentabilidade;
- Escalabilidade;
- Facilidades.
Então, vamos lá?
Modelo de negócio
Tanto no universo do e-commerce, como no do marketplace, nós encontramos empreendimentos B2C e B2B. Porém, o e-commerce tradicional é um pouco mais restrito do que o marketplace neste sentido. Enquanto nas lojas virtuais a maioria dos negócios são Business to Customer (B2C) e Business to Business (B2B), no marketplace existe um grande número de empreendimentos C2C (Customer to Customer).
Estes são empreendimentos nos quais os consumidores finais fazem negócios entre si. Ou seja, eles podem negociar produtos e serviços que eles mesmo realizam. Porém, também podem fazer negócios com produtos e serviços de segunda mão. Você provavelmente conhece alguns exemplos de marketplaces C2C: Facebook Marketplace, eBay, Mercado Livre, OLX, etc.
A inexistência de e-commerces tradicionais C2C se deve ao fato de que em uma loja virtual o estoque sempre parte de uma empresa. Algo que não é obrigatório quando falamos em marketplaces.
Nós ainda podemos encontrar marketplaces de outros modelos de negócio, tais como:
- B2G – Business to Government – de empresas ao Governo;
- G2B – Government to Business – do Governo às empresas;
- C2G – Citizen to Government – dos cidadãos ao Governo;
- C2B – Citizen to Business – dos cidadãos às empresas;
- Entre outros.
Potencial de rentabilidade
Em primeiro lugar, tanto um e-commerce tradicional como um marketplace apresentam grande potencial de rentabilidade. Você pode lucrar com ambos os empreendimentos. Porém, há algumas diferenças no caminho que você irá seguir, na sua tomada de decisão e no seu potencial de lucro. Pode parecer que as chances são as mesmas, mas na verdade não são.
Vamos pensar em um e-commerce tradicional. Em resumo, o empreendedor abre sua loja, compra estoque, cria uma empresa, acerta detalhes administrativos e começa a vender. Após investimentos em marketing, vendas e boa precificação, ele pode ter grandes resultados. Logo, vem o lucro e o empresário busca ampliar sua empresa para obter um faturamento ainda maior.
Entretanto, a questão é que em um e-commerce tradicional os custos operacionais andam “de mãos dadas” com o lucro. Se o seu faturamento cresce dez vezes ao longo de um ano, provavelmente seus custos irão crescer entre seis e nove vezes no mesmo período. O lucro cresce, a empresa ainda se expande. Porém, os resultados financeiros têm uma limitação praticamente crônica.
Escalabilidade
Enfim, isso acontece porque e-commerces tradicionais não são escaláveis. Você pode ter grandes lucros com eles. Porém, seus custos vão acompanhar a trajetória à medida que a empresa se estrutura. São gastos com pessoal, logística, administração, impostos, investimentos na empresa, etc.
Quando falamos em um marketplace, a situação é bastante diferente. Na verdade, é importante discernir duas modalidades aqui: quem vende em um marketplace e quem tem um marketplace para administrar.
Quem vende em um marketplace tem praticamente as mesmas potencialidades e limitações do e-commerce normal. Ou seja, um negócio pouco escalável, no qual os custos crescem à mesma medida. Porém, os desafios gerenciais de quem vende em um marketplace são consideravelmente menores do que quem empreende em um e-commerce.
Em síntese, quem cria um marketplace tem as melhores oportunidades de lucro. Isso acontece por que, diferentemente do e-commerce convencional, o marketplace pode se expandir em receita mantendo praticamente a mesma estrutura operacional. Ou seja, os lucros crescem dez vezes, os custos se expandem em, no máximo, cinco vezes.
O caminho é longo e cheio de desafios. Mas se o marketplace que você abrir tiver sucesso, o seu lucro pode ser muito grande. Em geral, os marketplaces operam de maneira semelhante às startups: negócios com grande capacidade de crescimento rápido e alto potencial de receber investimentos externos. Falaremos disso na sequência.
Facilidades
Um ponto muito importante quando tratamos dos modelos de negócio e-commerce e marketplace é a administração. Afinal, o empreendedor certamente irá preferir investir em um negócio com facilidades de gerenciamento que simplificam a sua rotina.
Em um e-commerce, a gestão administrativa em si não é difícil. Você precisa gerenciar pessoal, marketing e precificação, além do gerenciamento fiscal. O grande desafio, neste caso, é administrar toda a logística do negócio: comprar e armazenar estoque, empacotar pedidos, realizar entregas com agilidade, mediar custos de pagamento, entre outros.
É por isso que o e-commerce, quando cresce, precisa de uma expansão de pessoal. Será necessário contratar funcionários para realizar diversas funções do seu negócio com eficiência. Logo, a sua margem de lucro pode ser diretamente impactada.
Quando tratamos de um marketplace, os desafios e as potencialidades gerenciais são um tanto diferentes. Os desafios fiscais e burocráticos são praticamente os mesmos. Porém, na rotina do negócio um empreendedor de marketplace terá menos dores de cabeça com pessoal. Além disso, ele não precisará se preocupar com estoques. A logística e o pagamento podem ser facilmente geridos através de mediadores.
Um desafio no ramo do marketplace, entretanto, é justamente a mediação dos compradores e vendedores na plataforma. É preciso garantir uma experiência positiva para os dois grupos.
Geralmente, o marketplace é um modelo de negócio mais rentável, prático e lucrativo. Porém, é sempre preciso comparar as suas escolhas com suas próprias capacidades e limitações pessoais enquanto empreendedor.
Mercado do e-commerce
Em primeiro lugar, ao longo deste artigo, você já entendeu melhor o que é um e-commerce. Além disso, compreendeu também como ele funciona e quais os principais tipos de negócio virtual existentes. Mas, vamos entender com números reais quanto dinheiro você pode, efetivamente, faturar com este tipo de negócio.
Em adição, como mencionamos anteriormente, o e-commerce ainda é um modelo de negócio bastante jovem. Quando levamos o mercado em perspectiva, nossas séries históricas não terão muito mais do que 20 anos para comparar. Porém, será marcante o avanço deste mercado ao longo deste tempo. Em especial nos últimos 5 anos.
Mas, antes mesmo de tratarmos dos números, é preciso saber fatores externos que levaram o mercado do e-commerce no Brasil a explodir recentemente.
Expansão da internet entre a população
Um fator que certamente facilitou a expansão do e-commerce foi o próprio crescimento da internet. Hoje em dia, cerca de 78% da população brasileira com mais de 10 anos tem algum acesso à internet. Estamos falando de aproximadamente 183 milhões de pessoas. É um mercado muito relevante para ser ignorado. Os dados são do IBGE.
Confiança dos clientes no e-commerce
A confiança dos clientes brasileiros sobre o modelo digital de compras também cresceu muito. Hoje, pesquisas mostram que cerca de 95% dos brasileiros afirmam que se sentem seguros ao fazer compras pela internet. Isso quer dizer que até mesmo entre o público de faixas etárias mais avançadas o e-commerce está fazendo sentido.
Portanto, isto significa que a prospecção de clientes para o seu e-commerce pode ser facilitada. Além disso, promoções e outras ações de expansão de vendas podem ter melhores resultados. Tudo isso à medida em que o público consumidor confere maior credibilidade aos negócios digitais.
Expansão logística do e-commerce e do marketplace
Contudo, o aumento da confiança do consumidor no e-commerce não veio da noite para o dia. As empresas do ramo fizeram investimentos de grande volume em sua estrutura para oferecer uma melhor experiência ao cliente. Hoje, quem compra pela internet tem segurança no pagamento, uma entrega rápida e acessível, além de um suporte de qualidade na maioria dos casos.
10 anos atrás este cenário era bem diferente. As empresas que investiram em logística, eficiência, tecnologia e inovação conseguiram importantes diferenciais para conquistar seus consumidores cada vez mais.
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Pandemia da Covid-19
Inicialmente, é sempre preciso lembrar que a pandemia da Covid-19 causou efeitos terríveis à nossa economia. Milhões de empresas fecharam suas portas e as medidas de isolamento prejudicaram muito quase todos os setores produtivos. Porém, estas mesmas medidas ajudaram muitos negócios digitais a prosperar. Da mesma forma, muitos empreendimentos se digitalizaram.
Com as pessoas passando mais tempo em casa, muita gente começou a só fazer compras pela internet. Até mesmo negócios mais básicos, como a compra do supermercado, da farmácia e da padaria passaram a ser realizadas via sites ou apps. O resultado disso foram faturamentos recorde em diversos segmentos de e-commerce.
Dados do mercado
Em suma, os dados são animadores. Apenas no primeiro trimestre de 2021 o e-commerce do Brasil já havia avançado 57,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. No total, foram mais de R$ 35 bilhões negociados apenas de janeiro a março.
Quando pegamos para comparação dados anuais, o volume total de vendas em 2020 foi de R$ 87,4 milhões segundo a consultoria Ebit/Nielsen. É 41% a mais do que em 2019 e o maior registro de crescimento em mais de 13 anos. Ou seja: se em 2020 a pandemia elevou o faturamento do e-commerce a um novo patamar, no ano seguinte o setor veio para se consolidar.
Um dado muito importante está relacionado ao mercado de marketplace. Hoje, este modelo é o grande responsável pelo faturamento do e-commerce no Brasil. Segundo o mesmo levantamento da Ebit/Nielsen, em 2012 o marketplace representou mais de 78% de todo o dinheiro que circulou pelo comércio eletrônico. Ou seja, a cada cinco compras feitas pela internet, 4 foram no modelo de marketplace.
Vantagens e desvantagens do e-commerce
Todo modelo de negócios tem as suas vantagens e as suas desvantagens. Portanto, com o e-commerce também não é diferente. Vamos abordar agora algumas forças, oportunidades, fraquezas e ameaças pelas quais passam os empreendedores do comércio eletrônico. Olha só:
Forças
Uma das principais forças de um e-commerce são seus custos reduzidos. Em comparação com uma loja física, um e-commerce pode ser acima de 50% menos custoso para operar (se vendidos os mesmos produtos). Além disso, as facilidades gerenciais tornam a experiência de empreender no e-commerce algo muito mais proveitoso.
Oportunidades
Como mostramos no tópico anterior, o mercado do e-commerce no Brasil está em franca expansão. Com isso, mais clientes estão migrando para comprar e mais empresas estão em busca dessa oportunidade. Além disso, devido às características da internet, empresas podem investir em nichos específicos de negócio para apostar em um público mais segmentado. Desta forma, obtém lucros e uma clientela mais fidelizada.
Fraquezas
Por outro lado, uma fraqueza do e-commerce ainda é a falta de alcance de públicos específicos. Há uma clientela mais idosa ou com menor acesso à internet que dificilmente será cativada pela sua empresa em grande volume. Outra fraqueza do e-commerce é que, na maioria dos casos, há uma certa distância entre o comprador e o vendedor.
Logo, clientes que fazem questão de retirar as suas mercadorias imediatamente podem ainda preferir comprar de lojas físicas. Contudo, estão crescendo cada vez mais as iniciativas de logística que permitem aos e-commerces fazerem entregas com prazos cada vez mais reduzidos. Em muitos casos, a entrega pode ser feita até mesmo no dia da compra.
Ameaças
Como qualquer segmento em expansão, no e-commerce o empreendedor tende a enfrentar uma concorrência em crescimento. Em primeiro lugar, assim como você, milhares de outros empreendedores também estão em busca de uma oportunidade. Logo, será necessário um bom planejamento estratégico para se diferenciar em relação à concorrência. Isso será fundamental para conquistar o seu público de uma vez por todas.
Tipos de e-commerce
Estamos realmente nos aprofundando no universo do e-commerce. Desta forma, é importante entendermos mais a fundo os tipos de e-commerce, de acordo com a nomenclatura mais utilizada no mercado.
B2C
É o modelo mais tradicional de e-commerce. Assim, empresas vendem para os consumidores. Portanto, é um mercado muito expressivo que hoje fatura mais de R$ 94 bilhões entre e-commerces e marketplaces.
B2B
Por outro lado, o B2B é o segmento em que empresas vendem para empresas. Embora o e-commerce aqui tenha marcas um pouco menos conhecidas, este é um mercado extremamente lucrativo, porque ele alimenta toda a cadeia de suprimentos dos demais modelos.
Entretanto, alguns marketplaces que negociam com os consumidores finais também participam no mercado B2B. Principalmente vendendo estoques e maquinários operacionais. No B2B, os tickets médios costumam ser bem mais altos. Contudo, a desvantagem é que as negociações podem demorar mais.
C2C
O comércio eletrônico C2C ganhou muita força no mercado brasileiro por causa de marketplaces que permitem venda direta entre consumidores finais. Por isso, o modelo tem como vantagem um enorme público comprador e vendedor. Porém, é preciso segmentá-lo para evitar a concorrência direta com os grandes players, se você for investir.
Em contrapartida, uma dificuldade para as empresas C2C é faturar a partir dos clientes afiliados à plataforma. Por isso, a maioria destes negócios cobram taxas mais acessíveis ou oferecem planos gratuitos.
B2E
O B2E não é exatamente um formato de e-commerce, mas ele aplica os conceitos do marketing no relacionamento com funcionários e/ou candidatos a vagas de emprego. Logo, ele compreende sistemas de internet e intranet que gerenciam a relação entre empregadores e empregados.
O B2E dificilmente consegue obter receita dos candidatos a vagas de emprego. Ou seja, mesmo com planos pagos, o faturamento é limitado. Por isso, o segmento também cobra taxas das empresas que usam as soluções.
C2B
Adicionalmente, este é um modelo que apresenta grande crescimento com a internet. Aqui, clientes finais (ou profissionais liberais) geram valor, produtos e serviços que as empresas compram.
Por exemplo, os bancos de imagens, que reúne imagens de fotógrafos profissionais e amadores em todo o mundo. As plataformas de freelancers também podem ser encaixadas nesse formato Tem como vantagem a grande oferta de serviços, mas apresenta desafios regulatórios.
B2B2C
Além disso, este é um modelo misto de negócio em que o fabricante faz negócios diretamente com o consumidor final, mas conta com o apoio de um distribuidor ou de um varejista. Portanto, a principal característica deste modelo é que o produto só sai do estoque do fabricante quando o vendedor consegue fechar uma venda. Basicamente, falamos de dropshipping.
B2A
O B2A é o modelo de e-commerce que atende ao setor governamental. São empresas que fazem negócios com a administração pública e também com empresas estatais. Algumas empresas de serviços digitais atendem a instituições públicas. Mas, o desafio aqui é que as companhias precisam passar por um processo licitatório. E este processo costuma ser extremamente burocrático.
Tipos de e-commerce pelo canal de venda
Além disso, nós também podemos classificar os tipos de e-commerce a partir dos canais de venda. A internet é um mundo bastante plural. Por isso, mesmo um e-commerce pode se valer de diversos suportes para vender seus serviços e produtos. Veja conosco:
- M-commerce: em primeiro lugar, o M-commerce é o comércio eletrônico feito por meio de dispositivos móveis. Isso compreende a versão mobile dos sites de venda e também os apps das plataformas. Diversas lojas tentam explorar o M-commerce oferecendo alguns cupons e condições especiais de pagamento em seus aplicativos.
- S-commerce: segundamente, o S-commerce se aproveita das redes sociais para fechar seus negócios. A empresa pode usar as plataformas de marketplace das mídias sociais, ou usar as redes para converter prospects em leads.
- T-commerce: finalmente, o T-commerce é bem menos recorrente que as outras duas modalidades. Porém, ele ganha mais relevância à medida que cada vez mais pessoas possuem smart TVs e TV sticks. Por isso, ele se vale dessa interação via TV digital para fechar negócios ou converter leads.
Exemplos de e-commerce
Enfim, é importante também conhecer alguns exemplos dos principais e-commerces do Brasil e do mundo. Assim, você pode fazer um bom benchmarking. Vamos lá?
Amazon
Em primeiro lugar, não há como não começar por um dos maiores e-commerces do mundo. Hoje, a Amazon é um case de e-commerce bem sucedido com um faturamento anual superior a 108 bilhões de dólares/ano. A empresa opera tanto no modelo marketplace, como no modelo de loja virtual tradicional.
Shopee
A Shopee é um empreendimento mais recente, mas que está fazendo sucesso com o público consumidor. Sediada na China, a companhia se destaca pelos seus preços baixos, a variedade de produtos e a qualidade da entrega. Mesmo com pedidos internacionais, as entregas não costumam levar mais do que 30 dias.
AliExpress e grupo Alibaba
O grupo chinês fundado pelo empreendedor Jack Ma é um dos principais players mundiais do comércio eletrônico. A principal empresa do conglomerado é o marketplace AliExpress, uma plataforma com milhões de vendedores e bilhões de clientes. O faturamento anual do grupo AliBaba supera os 1,1 trilhões de reais!
Ebay
O Ebay tem um formato bastante semelhante ao Mercado Livre, aqui no Brasil. Ou seja, o e-commerce americano nasceu já nasceu totalmente digital e também C2C. Isto é, uma plataforma em que consumidores vendem para consumidores, sejam produtos e serviços, seja mercadorias de segunda mão.
Walmart
A rede Walmart é uma cadeia americana de varejo que possui uma operação muito forte no exterior. Fora do Brasil, eles operam tanto no sistema marketplace, como no e-commerce tradicional. Aqui, porém, a empresa enxugou suas operações. Fechou algumas lojas e ficou apenas com a rede Big de supermercados – que possui um e-commerce tradicional.
Carrefour
O Carrefour nasceu como uma rede de supermercados na França. Desta forma, tornou-se um gigante do e-commerce que vende tanto na loja virtual, como no Marketplace. Aqui no Brasil, há lojas do Carrefour nas maiores cidades. Porém, qualquer pessoa pode comprar ou vender pelo marketplace, de qualquer canto.
Mercado Livre
Mesmo tendo nascido na Argentina, o Mercado Livre foi aberto no mesmo ano no Brasil. Desta forma, as estimativas da empresa é de que ela possua mais de 211 milhões de usuários, além de 10 milhões de vendedores. Assim como o Ebay, o Mercado Livre nasceu como um marketplace totalmente C2C e depois incorporou empresas parceiras.
Lojas Americanas
Apesar de se chamar Americanas, a empresa é 100% nacional. As lojas Americanas hoje integram o grupo B2W, uma das maiores redes de varejo do Brasil. Assim, o marketplace fatura cerca de 14 bilhões de reais ao ano.
B2W Digital
Ademais, o grupo B2W Digital é a companhia que controla as Americanas, o Submarino e o Shoptime. Mesmo sendo desconhecida do grande público, é um dos principais grupos varejistas do Brasil. Assim, sua atuação é voltada principalmente ao marketplace destas três marcas. O faturamento anual do grupo gira em torno dos R$ 17 bilhões.
Casas Bahia
As Casas Bahia são a principal empresa que integra o grupo Via Varejo. Portanto, a empresa, que é baseada em um varejo tradicional, é um case de marketplace integrado às suas companhias irmãs. Com mais de mil lojas em todo o Brasil, as Casas Bahia apostam no modelo omnichannel.
Via Varejo
Em contrapartida, a Via Varejo é a empresa “mãe” das Casas Bahia, do Ponto Frio e do Extra. A Via integra e administra o marketplace das três marcas. Somando as lojas das três redes, o grupo chega a quase 2 mil lojas presenciais no país. Com grande atuação na internet, o conglomerado investe pesado no e-commerce. O faturamento da Via Varejo é de cerca de R$ 12 bilhões por ano.
Magazine Luiza
A Magalu é hoje o maior exemplo de e-commerce do Brasil. Portanto, um verdadeiro conglomerado de empresas que continua realizando aquisições (M&A). A companhia começou com lojas de móveis e foi uma das pioneiras a investir em loja virtual no país, ainda nos anos 1990, como você viu em nosso conteúdo.
NetShoes
A Netshoes é a maior pioneira no e-commerce e no marketplace de produtos esportivos. Entretanto, a empresa também integra o portfólio do grupo Magalu hoje, tendo sido adquirido em 2019 por R$ 115 milhões. O faturamento anual do marketplace é de cerca de 8,6 milhões de reais – um verdadeiro marketplace de nicho.
Máquina de Vendas
Além destas, a Máquina de Vendas também é uma gigante do e-commerce nacional Porém, que faz mais sucesso na região nordeste. Ela é resultado da fusão do grupo Ricardo Eletro com a Insinuante e outras varejistas locais. A empresa ainda não atende no modelo de marketplace. O faturamento anual do grupo é de cerca de R$ 3 bilhões.
Saraiva
Por fim, a Saraiva é mais um exemplo de e-commerce de nicho. Portanto, ela é voltada principalmente ao mercado livreiro e de outros bens de cultura. A empresa também comercializa itens de eletrônicos e similares. Apesar de ter fechado algumas de suas lojas presenciais, o grupo continua sólido na internet.
Como criar um e-commerce?
Então, tudo o que dissemos faz sentido para você? Pois agora vamos dar mais detalhes de como você pode criar o seu próprio e-commerce!
1 Faça pesquisa de mercado
Em primeiro lugar, o passo inicial é pesquisar o seu mercado. Com isso, você pode tomar decisões mais corretas e estratégicas, conhecer o público, antecipar tendências, evitar riscos e aproveitar as oportunidades no momento certo em que elas aparecem.
2 Escolha um nicho de mercado
Em segundo lugar, seu e-commerce tem mais chances de sucesso se a empresa focar em um nicho de mercado lucrativo. Mas o que faz um nicho se tornar atrativo para se investir?
Nichos podem ser atrativos por vários motivos:
- Especificidade: produtos e serviços muito específicos costumam ter clientes fiéis, frequentes e com alto ticket alto;
- Mercado novo: quando um nicho ainda está surgindo no seu mercado, ser pioneiro pode ajudar sua empresa a chegar mais longe;
- Público em crescimento: quando cada vez mais pessoas compram determinado produto ou serviço, você também pode “surfar” na onda de crescimento;
- Mercado ineficiente: a burocracia e a ineficiência dos bancos tradicionais criaram fintechs como o Nubank. Explore nichos com clientes com baixo grau de satisfação.
3 Desenvolva a sua persona
Entender e criar uma persona assertiva é fundamental para que as suas estratégias de marketing tenham um resultado positivo. Por isso, a persona é o seu cliente fictício ideal. Logo, você vai utilizá-la para direcionar suas estratégias de marketing e vendas, tornando-as mais rentáveis.
Uma persona costuma ter: Gênero; Idade; Profissão; Classe socioeconômica; Hábitos de consumo; Hábitos midiáticos; Quanto mais informações, melhor.
Dica: acesse já o modelo de criação de personas do Ideia no Ar!
4 Analise sua concorrência
Da mesma forma, uma análise de concorrência é de fundamental importância para negócios que pretendem crescer. Assim, não se trata exatamente de uma pesquisa de mercado: você não quer saber quem são seus concorrentes, mas sim, o que eles fazem de errado e seus acertos. Em resumo, um benchmarking.
5 Escolha parceiros e fornecedores
Lembre-se: nenhuma empresa está isolada no mercado. Ou seja, o seu marketplace está inserido dentro de um ecossistema formado por diversos agentes. Por isso, ter os aliados certos do seu lado é fundamental. Logo, estamos falando de parceiros, fornecedores e investidores.
Portanto, construa seu networking e faça alianças com relação ganha-ganha. Analise bem seus fornecedores e revendedores para ter certeza de que eles não irão desfalcar o negócio.
6 Contrate a plataforma certa para seu negócio
Primeiramente, você irá precisar de uma plataforma para criar uma loja virtual. Você pode contratar uma plataforma grátis, paga ou desenvolver seu próprio sistema.
Entretanto, as plataformas gratuitas podem servir como Mínimo Produto Viável, mas não mais que isso. Plataformas pagas são mais eficientes. Por fim, o desenvolvimento próprio é totalmente customizável, mas custa caro e leva tempo.
E, se você quiser criar um marketplace, o melhor é usar plataformas específicas, como o Ideia no Ar.
7 Escolha um bom nome
Nem todo mundo atribui tanto valor a isso, mas, o nome de um e-commerce pode ajudar a definir seu sucesso. Seja criativo na escolha do nome, do logo e de toda a identidade visual do seu novo negócio. Por fim, adote um nome que converse com seu público e seja de fácil memorização.
8 Defina a logística estrategicamente
Para um e-commerce, logística é tudo. Por isso, os seus processos logísticos precisam ser bem pensados do início ao fim. Alguns detalhes importantes aos quais você precisa se atentar:
- Embalagem;
- Armazenamento;
- Refrigeração (em alguns casos);
- Transporte;
- Distribuição;
- Revenda;
- Entrega ao cliente.
Conclusão
Esperamos que este conteúdo tenha contemplado todas as suas dúvidas com relação ao e-commerce. Nós temos certeza que, ao seguir algumas de nossas dicas, você pode mitigar riscos e ter muito mais chances de sucesso.
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