Diversas tecnologias têm sido utilizadas à exaustão para otimizar os resultados das empresas. No ramo do e-commerce e do marketplace isso não é diferente. Neste texto, vamos falar de uma das tecnologias mais proeminentes neste sentido: o machine learning – aprendizado de máquina, em tradução para o português.
Você vai entender o que é machine learning, como funciona e para que é utilizado, além de dicas de como aplicar essa tecnologia e ferramentas úteis para o seu negócio. Acompanhe conosco!
Sumário
1- O que é machine learning?
2- Diferença entre machine learning e inteligência artificial
3- O que é o deep learning?
4- Para que serve o machine learning?
5- Vantagens do machine learning
6- Tipos de machine learning
7- Aplicações do machine learning
8- Exemplos de machine learning
9- Machine learning e os Marketplaces
10- Como aplicar o machine learning na sua empresa?
11- Conclusão
O que é machine learning?
Machine learning é um método de análise de dados que automatiza a construção de modelos analíticos. É um setor da Inteligência Artificial (IA) baseado na ideia de que os computadores podem “aprender” com os dados, identificar padrões e tomar decisões com o mínimo ou nenhuma intervenção humana.
Diferença entre machine learning e inteligência artificial
A Inteligência Artificial (IA) é o conceito mais abrangente e define qualquer software capaz de executar tarefas que normalmente exigiria inteligência humana, como percepção visual, reconhecimento de fala, tomada de decisão e tradução de idiomas.
Já o machine learning é um subconceito de IA que envolve o desenvolvimento de algoritmos e modelos que permitem que os computadores “aprendam” com os dados sem serem diretamente programados. Em outras palavras, o aprendizado de máquina é uma das formas de se realizar a inteligência artificial. Logo, todo sistema de machine learning é IA, mas nem toda IA é machine learning.
O que é o deep learning?
Também temos o conceito de deep learning. Ele é um subcampo do machine learning inspirado no funcionamento do cérebro humano, principalmente em redes neurais. Ele usa algoritmos chamados redes neurais artificiais (Artificial Neural Networks – ANNs, em inglês) compostas de pontos interconectados, semelhantes aos neurônios em um cérebro real. Essas redes são treinadas usando grandes quantidades de dados (big data) para reconhecer padrões e tomar decisões, como classificar imagens ou reconhecer falas.
Os modelos de deep learning são feitos usando várias camadas de ANNs, o que permite apreender, além de representar padrões e recursos altamente complexos. Por isso, são chamadas de aprendizado “profundo” (deep learning). Esses modelos têm sido usados em diversas aplicações, com resultados de ponta em muitas dessas tarefas.
Para que serve o machine learning?
E para que serve todo este potencial de análise, afinal? Bem, o machine learning é usado para uma ampla gama de aplicações. Veja alguns exemplos:
- Modelagem preditiva: usando dados históricos para prever eventos futuros, como preços de ações ou comportamento de clientes.
- Classificação e padronização: identificar categorias de dados, como e-mails de spam ou determinar o sentimento de um tweet.
- Clusterização: agrupar pontos de dados semelhantes, como separar clientes por histórico de compras.
- Detectar anomalias: identificar dados incomuns ou anormais, como transações fraudulentas de cartão de crédito.
- Sistemas de recomendação: Sugerir produtos ou conteúdo aos usuários com base em seu comportamento anterior.
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Vantagens do machine learning
Também existem vantagens em usar machine learning em seu e-commerce ou marketplace. Olha só:
- Mais precisão nas decisões: os algoritmos de machine learning podem melhorar a precisão das previsões e classificações aprendendo constantemente com novos dados.
- Automação: o machine learning pode automatizar muitas tarefas que, de outra forma, exigiriam intervenção humana, reduzindo tempo e custo de ações.
- Escalabilidade: os algoritmos de machine learning podem processar e analisar quantidades crescentes de dados de forma rápida e eficiente, tornando-os adequados para aplicativos de big data à medida que aprendem.
- Personalização: essa tecnologia pode ser usada para personalizar conteúdo e recomendações para usuários com base em suas demandas, o que torna-se um diferencial para quem compra.
- Custo-benefício: com machine learning, as empresas podem reduzir custos automatizando tarefas repetitivas, reduzindo erros humanos e aumentando a eficiência dos sistemas.
- Antifraude: o machine learning também pode ser usado para detectar atividades fraudulentas em transações, ajudando as empresas a se protegerem contra perdas financeiras e de reputação.
Tipos de machine learning
Existem três tipos principais de machine learning, baseados na forma pela qual a máquina aprende:
- Aprendizado supervisionado: nessa modalidade, o sistema é treinado em dados rotulados, com o objetivo de aprender a fazer previsões sobre dados novos e não vistos. As aplicações mais comuns de aprendizado supervisionado incluem tarefas de regressão e classificação.
- Aprendizado não supervisionado: já no aprendizado não supervisionado, o modelo não recebe dados rotulados, mas é treinado para encontrar padrões e relacionamentos nos dados por conta própria. As aplicações mais comuns de aprendizado não supervisionado incluem clusterização e detecção de anomalias.
- Aprendizado por reforço: aqui, o sistema aprende a tomar decisões interagindo com um ambiente e recebendo feedback na forma de recompensas ou penalidades. As aplicações mais comuns de aprendizado por reforço incluem tomada de decisão e problemas de controle.
Além disso, alguns pesquisadores e especialistas dividem o machine learning em outras subcategorias, como aprendizado semi-supervisionado, auto-supervisionado e ativo, dependendo das especificidades do problema e dos dados utilizados.
Aplicações do machine learning
Veja, na prática, alguns usos muito comuns para o machine learning no mercado empresarial:
- Reconhecimento de imagem e detecção de objetos: usado em aplicações como carros autônomos, sistemas de segurança e busca de imagens.
- Processamento de linguagem natural: utilizado para aplicativos como reconhecimento de fala, tradução de idiomas e análise de sentimentos.
- Sistemas de recomendação: aplicativos de recomendação de filmes ou produtos para usuários com base em suas características.
- Modelagem preditiva: aplicações de previsão de mercado de ações e previsão meteorológica.
- Sistemas antifraude: detecção de transações fraudulentas de cartão de crédito e sinistros de seguro.
- Apps de cuidado de saúde: funcionalidade de diagnóstico de doenças, previsão de resultados de pacientes e descoberta de medicamentos.
- Robótica e automação: usado em aplicações para controle de robôs, drones e veículos autônomos, bem como softwares com RPA.
- Marketing: personalização de publicidade e segmentação automática de clientes.
- Finanças: aplicativos de avaliação de risco, gerenciamento de portfólio e negociação de ativos.
- Cibersegurança: detecção de invasões, segurança de rede e classificação de malwares.
Exemplos de machine learning
Para ilustrar tudo que falamos até agora, veja três empresas que têm usado machine learning com grande sucesso:
Se hoje o Google oferece tudo o que oferece (sistemas de pesquisa, algoritmos de anúncios e recomendações de conteúdo, tradutor, reconhecimento de endereços), isso só é possível graças ao machine learning.
A gigante da tecnologia foi desenvolvendo e amadurecendo continuamente algoritmos de aprendizado de máquina que ganharam cada vez mais aplicações.
IBM
A IBM já foi um nome muito conhecido no mercado de computadores para usuários finais. Hoje, a empresa está mais nos bastidores das gigantes da tecnologia. No entanto, ela tem um trunfo da inteligência artificial em suas mãos: a tecnologia de inteligência cognitiva Watson.
O Watson é visto hoje como uma evolução do machine learning e do deep learning, assumindo praticamente expressões, sentimentos e posicionamentos humanos muito úteis na pesquisa sobre IA e similares.
Walmart
O Walmart desenvolve continuamente seus algoritmos de vendas, o que torna esse caso especificamente interessante para marketplaces. A gigante do varejo aperfeiçoou principalmente dois algoritmos: o de sugestão de produtos/busca de produtos e também o de precificação.
Com esses dois algoritmos, a empresa é uma das pioneiras e mais eficientes empresas em sugerir o que o cliente realmente deseja comprar (e sugestões adicionais), além de calcular o preço máximo que aquela pessoa deseja pagar de acordo com diversos fatores, potencializando a receita da empresa.
Machine learning e os Marketplaces
Mas em marketplaces, especificamente, como essa tecnologia já tem sido aplicada? Os marketplaces estão usando aprendizado de máquina de várias maneiras para melhorar a experiência do cliente e aumentar sua eficiência. Veja:
- Recomendações personalizadas: os algoritmos são usados para recomendar produtos ou serviços aos clientes com base em sua navegação anterior e histórico de compras.
- Otimização de pesquisa: algoritmos que melhoram a relevância dos resultados de pesquisa e torná-los mais precisos, ao entender o real interesse da consulta do cliente.
- Precificação: tecnologia usada para otimizar preços de produtos e serviços em tempo real, com base em oferta e demanda, preços dos concorrentes e outros.
- Gestão de estoque: prevenção de demanda por produtos e serviços, permitindo que os marketplaces otimizem seus estoques e evitem a falta de estoque. Ou, ainda, análise de baixa procura, mostrando que os produtos devem ter seu valor reduzido.
- Chatbots: robôs treinados para entender a linguagem natural e responder às perguntas dos clientes da maneira mais humana possível.
- Reconhecimento de imagem: classificar e marcar imagens automaticamente, permitindo que os mercados melhorem a precisão de seus resultados de pesquisa de produtos. Muito útil para marketplaces com grande volume de vendedores oferecendo produtos iguais ou similares.
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Como aplicar o machine learning na sua empresa?
E como é possível que a sua empresa também utilize tecnologias de machine learning de maneira eficiente e escalável? Olha só alguns passos que você pode seguir:
- Identifique um problema ou oportunidade específica: antes de implementar o machine learning, é importante identificar um problema ou oportunidade que ele possa ajudar a resolver. Isso pode ser qualquer coisa, desde melhorar o atendimento ao cliente até otimizar preços ou automatizar um processo manual.
- Colete e classifique dados: os algoritmos de machine learning podem exigir grandes quantidades de dados para aprender. Por isso, é importante coletar e limpar os dados que serão usados para o projeto.
- Escolha ou desenvolva os algoritmos apropriados: depois de obter os dados, você precisará escolher os algoritmos apropriados para a sua demanda. Pode ser necessário desenvolver um algoritmo novo.
- Treine e teste o robô: depois de escolher seus algoritmos, você precisará treinar o robô e testá-lo para avaliar seu desempenho. Pode ser necessário aprimorar e alterar dados nessa etapa, ajustando o modelo e os parâmetros para melhorar sua performance.
- Monitore e melhore continuamente: com a implementação do machine learning, é importante monitorar continuamente o desempenho da automação e alimentar novos dados para melhorá-la ao longo do tempo.
Conclusão
O machine learning já é uma realidade para o universo corporativo, empresarial e comercial. A sua empresa não pode ficar para trás e o investimento nessa tecnologia é de grande valia para os seus resultados. Temos certeza que os conceitos exibidos aqui poderão ser aplicados em seu marketplace com grande sucesso. Conte sempre com o Ideia no Ar!
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