Introdução
Hoje nós já temos um mercado bastante consolidado de marketplaces brasileiros. Diversas empresas faturam bilhões de reais operando este modelo de negócio que só cresce no país. Mas quais são os melhores marketplaces do Brasil e por que eles têm obtido tanto sucesso em vendas e crescimento?
Esses marketplaces possuem algumas características em comum. E neste conteúdo nós falaremos dos principais. Você também irá receber dicas sobre como abrir o seu próprio marketplace. Quer saber mais? Acompanhe conosco!
O que é marketplace?
Marketplace é um modelo de negócio que se caracteriza por empresas que fazem a ligação entre compradores e vendedores. Tal qual um shopping online, um marketplace reúne dezenas, centenas ou milhares de vendedores de produtos e serviços, ao mesmo tempo que se torna um ambiente totalmente atraente para compradores, uma vez que a variedade e o volume de opções para compra fica muito grande.
As principais vantagens do marketplace para quem vende é a extensa carteira de clientes proporcionada pelo grande número de lojas reunidas. Isso aumenta consideravelmente a possibilidade de vendas em relação a um e-commerce individual.
Para quem compra, as principais vantagens do marketplace são a grande variedade de opções. Além disso, o custo de compra que costuma ser reduzido em relação a vendas presenciais e e-commerce tradicionais.
Tipos de marketplace
Engana-se quem acredita que marketplace é apenas um modelo de negócio de venda para varejo de produtos. Na verdade, o marketplace é um modelo bastante amplo e os marketplaces brasileiros de sucesso estão espalhados em algumas destas categorias. Vamos entender melhor cada tipo de marketplace:
Produtos
Os marketplaces de produtos são mais comuns em nosso mercado e seu modelo de negócio é bastante consolidado para o público consumidor. Basicamente, são sistemas de venda online que comercializam produtos no varejo e no atacado.
O Mercado Livre é um marketplace que se encaixa nos formatos B2B (empresa para empresa), B2C (empresa para consumidor) e C2C (consumidor para consumidor) em que são vendidos produtos tanto no varejo, como no atacado.
O Zé Delivery, por sua vez, é um marketplace de venda de bebidas que permite a compra de produtos principalmente no varejo. Entretanto, é bastante comum que bares e restaurantes também adquiram parte de seu estoque por meio deste app.
Serviços
Nem todo mundo sabe, mas alguns dos negócios mais populares do Brasil são marketplaces de serviço! Quer alguns exemplos? Falamos de empresas como Uber, AirBnB, 99, iFood, Ubereats e outros.
Neste caso, os vendedores são os motoristas dos aplicativos, os proprietários dos imóveis e os restaurantes que oferecem os alimentos. Modelos que também cresceram muito e já se consolidaram nas grandes cidades do Brasil. Agora os marketplaces de serviços também estendem suas operações para o interior.
Mercado de marketplace no Brasil
O mercado de marketplaces do Brasil não poderia ser mais otimista. É um setor que está batendo recordes de receita e de faturamento. Especialmente em um tempo tão difícil para o setor empresarial como um todo, os marketplaces brasileiros aproveitaram as oportunidades para expandir suas operações.
Em 2020, o setor de marketplaces fechou o ano sendo responsável por praticamente 80% de todo o faturamento do e-commerce. O mercado chegou a R$ 71 bilhões em faturamento durante o ano todo, 56% a mais do que em 2019. Os dados são da consultoria Ebit/Nielsen.
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Confira neste vídeo a apresentação do nosso CEO, Luis Ribeiro, sobre os principais marketplaces atuantes no Brasil!
Marketplaces brasileiros
Vamos agora contar um pouco mais sobre os maiores marketplaces do Brasil. Que tal entender um pouco sobre suas histórias de sucesso e suas principais características? Acompanhe!
Magalu
A Magazine Luiza nasceu como uma rede varejista convencional. A empresa vendia móveis e eletrodomésticos em um modelo bastante vertical. Sob a direção da atual presidente, Luiza Helena Trajano, o Magalu abriu em 2016 o modelo de negócio de marketplace, abrindo seu site para que vendedores parceiros também comercializassem.
O resultado foi imensamente positivo. A receita do Magalu em 2020 foi de cerca de R$ 25 bilhões. A presidente, Luiza Trajano, é hoje a mulher mais rica do Brasil.
Mercado Livre
O Mercado Livre replicou no Brasil o exemplo de sucesso que o eBay introduziu nos Estados Unidos: criar um marketplace onde as pessoas negociavam entre si com o mínimo de intervenção possível. Com um formato bastante flexível, a empresa começou a crescer vertiginosamente e se capitalizar mais intensamente a partir de 2007.
Foi nesse ano em que o Mercado Livre fez seu IPO na Nasdaq, a Bolsa de Valores de Nova Iorque voltada a empresas de tecnologia. A empresa criou uma intermediadora de pagamentos (Mercado Pago) que acabou se tornando uma instituição financeira (Pag Bank).
Via Varejo
A Via Varejo é uma empresa pouco conhecida. Isso porque ela permanece escondida atrás de suas bandeiras Casas Bahia e Ponto Frio (agora denominada Ponto). A Via Varejo nasceu da fusão destas duas empresas em 2010 e administra tanto a rede física, como as lojas virtuais.
B2W
Assim como a Via Varejo, a B2W nasceu da fusão de gigantes varejistas. Neste caso, as Americanas, o Shoptime e o Submarino. A empresa foi criada em 2006 e desde então tem otimizado as operações das companhias que fazem parte de seu guarda-chuva.
As empresas que fazem parte do grupo B2W também operavam modelos varejistas tradicionais. Contudo, um ponto positivo do B2W enquanto marketplace é que os vendedores credenciados tem seus produtos exibidos nas três lojas virtuais, o que aumenta ainda mais as chances de venda.
Centauro
A Centauro tem uma operação muito semelhante ao Magalu no que diz respeito ao modelo de negócio. Entretanto, a peculiaridade aqui é que a empresa comercializa artigos esportivos.
A exemplo do Magalu, a Centauro também operava em um modelo varejista tradicional de lojas físicas. O primeiro passo da empresa foi criar uma grande loja virtual e, depois, abrir suas linhas para o modelo de marketplace.
Madeira Madeira
MadeiraMadeira é uma empresa que está apresentando um crescimento muito interessante nos últimos anos. A empresa fundada no Paraná tem como principal característica ser o principal player online da venda de mobília, materiais de construção e produtos de decoração.
Essa é uma peculiaridade porque antes da MadeiraMadeira, boa parte deste mercado era dominado pelas lojas físicas locais. Agora, além de ser um player relevante do setor, a Madeira Madeira opera no modelo de marketplace, ampliando seus resultados.
OLX
A OLX foi concebida como um marketplace puro C2C. Desde o início. A empresa foi criada para ser uma ponte entre pessoas “comuns”, vendendo produtos usados ou serviços a preços baixos.
A OLX se capitaliza por meio de anúncios e por meio de comissões, mas anunciar neste marketplace é extremamente acessível. Pode-se até mesmo vender de graça (com menor visibilidade). Criada na Holanda, a empresa está presente no Brasil e em todo o mundo.
Elo7
O Elo7 é um marketplace que tem um futuro muito promissor. A empresa tem uma premissa de negócio muito interessante e inovadora: fazer a ponte entre produtores/vendedores e compradores de produtos criativos.
O cliente encontra roupas, bijuterias, decoração e todo tipo de produto personalizado, criado por pequenas empresas ou por artesãos. A empresa foi fundada em 2008 e já recebeu diversos aportes de investimento milionários.
Netshoes
A Netshoes, como tantas outras grandes empresas do ramo, nasceu como um varejo online tradicional. 2019 foi o ano chave para a Netshoes: ela abriu mercado na bolsa de Nova Iorque, criou o seu marketplace e o principal capítulo de sua história recente: foi comprada pelo grupo Magalu.
Entretanto, a empresa-mãe decidiu não absorver as operações do Netshoes, mantendo a marca ativa. A Netshoes possui muita autoridade no que diz respeito ao marketplace de produtos esportivos, sendo a principal concorrente da Centauro.
Dafiti
A Dafiti foi inaugurada em 2009 e cresceu de forma muito agressiva vendendo roupas e calçados de qualidade a preços baixos. Logo, a empresa abriu filiais em países da América Latina. Comprada por um grupo internacional de empresas digitais, a Dafiti abriu o seu marketplace em 2015.
Melhor estruturada, a empresa abriu mais fábricas e fez parcerias com outras marcas para comercializar ainda mais produtos. O marketplace se consolidou e passou a oferecer produtos de milhares de vendedores em todo o país.
Enjoei
O Enjoei, assim como o Mercado Livre e a OLX, nasceu para ser um marketplace C2C. Porém, a empresa tem como diferencial atender principalmente ao nicho jovem com produtos de alta tecnologia. A empresa também se capitaliza com comissões.
A empresa mira no público jovem e no mercado de tecnologia por meio de sua identidade visual e em suas comunicações corporativas, sempre em linguagem moderna e alternativa.
Dica: saiba tudo sobre meios de pagamento e tributação para marketplaces neste ebook gratuito!
Vender em marketplace ou criar um marketplace?
Quando se é um vendedor, você tem um negócio fácil de operar e com baixos custos operacionais. Porém, é preciso gerenciar estoque ou prestar serviços. Além disso, é uma atuação pouco escalável.
Se você cria o seu próprio marketplace, pode determinar seu nicho, investir de maneira mais estratégica, não precisa gerir estoque e pode ter um negócio totalmente escalável: ou seja, pode crescer muito sem expandir custos na mesma proporção. É melhor abrir a sua própria plataforma!
Como criar um marketplace?
Siga este passo a passo para ter mais sucesso na abertura do seu marketplace.
Defina um nicho de mercado
O primeiro passo é tentar compreender que tipos de produtos podem ser mais interessantes para o seu negócio. Nichos de mercado podem ser interessantes por diversos motivos: tendência de crescimento, alto volume de clientes, alto ticket médio, baixo volume de concorrência, entre outros.
Defina as personas
Tenha precisão ao definir as suas personas. Ela é o cliente ideal fictício do seu negócio, um conceito que será utilizado nas suas campanhas de marketing, de comunicação e de vendas que você fizer. Por isso, essa definição precisa ser estrategicamente planejada.
Escolha o modelo de negócios
Marketplaces podem ter diferentes formatos. Você pode escolher o modelo de negócio por venda no atacado ou no varejo, venda de produto e/ou serviço ou até mesmo marketplace de aluguel, como explicamos em itens anteriores.
Ainda sobre modelo de negócios, é importante definir a forma pela qual a sua empresa vai obter receita: cobrança de comissões? Cobrança de mensalidades? Um formato híbrido?
Escolha uma plataforma
Lembre-se que existe uma plataforma especializada para a operação de Marketplaces. Ao escolher uma plataforma como esta, você torna o seu trabalho ainda mais simplificado, pois não precisará contratar serviços de TI para desenvolver o seu sistema – além disso, você economiza no orçamento.
Atraia oferta e demanda
É preciso prospectar compradores e vendedores para o marketplace. Coloque as ações de marketing em ação e teste a aceitação do seu marketplace com estes dois públicos. Avalie seus resultados e faça as mudanças necessárias.
Conclusão
Como você viu neste artigo, o mercado de marketplaces brasileiros está bastante aquecido, e isso não se aplica apenas às grandes marcas. Você também pode mergulhar neste universo criando um negócio escalável e com grande potencial de crescimento. Para isso, basta dar o primeiro passo.
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