Uma startup é uma empresa inovadora, que se baseia em tecnologia e visa resolver uma dor de mercado. Hoje, no Brasil, o universo das startups é crescente e muitas delas já atingiram centenas de milhões de reais em valor de mercado. Empreender uma startup pode ser um desafio extremamente recompensador.
Além de possibilitar intenso crescimento financeiro ao empreendedor(a) e sua equipe, as startups também têm grande potencial de crescimento da nossa economia, transformando o mercado e melhorando a vida dos consumidores. Quer entender mais sobre startup? Então, acompanhe nosso conteúdo!
Sumário
1 O que é uma startup?
2 Lean Startup
3 Características de uma startup
4 Qual a diferença entre uma empresa e uma startup?
5 Tipos de startups
6 Modelos de negócios de startups
7 O que é startup unicórnio?
8 Exemplos de startups de sucesso
9 Como ter uma ideia de startup?
10 Como patentear uma ideia de startup?
11 Como criar uma startup?
12 Como criar o canvas proposta de valor da sua startup?
13 Como criar o MVP da sua startup?
14 Como conseguir investimento para sua startup?
15 Estrutura de um pitch de sucesso para uma startup
16 Conclusão
O que é uma startup?
Uma startup é uma empresa que tem o objetivo de crescer de maneira agressiva. As startups costumam oferecer produtos ou serviços inovadores, visando solucionar uma dor ou trazendo inovação incremental a mercadorias que já existem. Quase sempre, as startups baseiam o seu modelo de negócio em tecnologia digital, mas isso não é uma regra.
São empresas que operam em um mercado de alto risco e que buscam continuamente investimentos externos. Assim, elas podem potencializar seu crescimento e desenvolver suas soluções de maneira mais rentável.
Lean Startup
Esse é um conceito importante no ecossistema de inovação. O termo “lean” significa enxuta. Unindo esse conceito com o de startup, o pesquisador da Harvard Business School, Eric Ries, criou a metodologia Lean Startup ou Startup Enxuta. Ou seja, um modelo de startup que evita desperdícios de recursos, usando-os de forma inteligente para o crescimento do negócio.
Além disso, esse tipo de startup dá destaque para a execução e privilegia as interações. Isso é, as necessidades do cliente e a solução criada pela empresa vão sendo construídas juntas, a partir das interações práticas.
Para resumir, no Lean Startup há um esquema chamado Ciclo de Feedback. Ele consiste em um processo de três etapas: construir, medir e aprender. Assim, o primeiro passo é identificar um nicho de mercado e construir uma solução na forma de MVP. Então, medir os resultados com base nas opiniões dos clientes. Em seguida, é preciso aprender com os erros e construir algo melhor. E assim sucessivamente.
Nesse ciclo de aprendizado, pode ser necessário mudar o modelo de negócios ou incrementar a solução. A grande vantagem é que essa mentalidade traz agilidade e acelera a inovação na empresa.
Características de uma startup
Você já entendeu “por cima” o que é uma startup. Mas vamos nos aprofundar um pouco mais agora em suas principais características:
Modelo de negócios
Os modelos de negócios das startups costumam ser inovadores e estarem diretamente relacionados com tecnologia. Entretanto, isso não faz das startups empresas apenas de computação. Veja algumas das esferas em que as startups atuam:
- Insurtech: startups relacionadas ao ramo securitário;
- Healthtech: startups da área da saúde;
- Govtech: empresas startups elaboradas para negociar com o poder público;
- Lawtech/Legaltech: startups do ramo jurídico;
- Agrotech: startups que lidam com agricultura, pecuária e similares;
- Edutech: empresas focadas na educação;
- Transportech: startups concentradas em soluções de transporte;
- E muitas outras.
Repetível e escalável
A intenção de crescer rápida e agressivamente força as startups a ter um modelo de negócio repetível e escalável. Isto é: o mesmo produto ou serviço precisa ser facilmente vendido ou aplicado para um número grande de pessoas sem que sejam necessárias grandes adaptações. A ideia é que essa empresa venda o máximo possível com o mínimo de custos.
Além disso, é preciso ser um negócio escalável. Isso é, um negócio que possa crescer muito em faturamento ao passo que seus custos crescem em baixo ritmo. Uma empresa que vende serviços jurídicos para escritórios de advocacia de todo o país é escalável. Um supermercado, ainda que apresente bom crescimento, não é.
Cenário de incertezas
Startups são empresas de risco assumido. Tanto quem empreende, como quem investe sabe que esse é um negócio de risco. É o preço que se paga pelas altas chances de crescimento acelerado.
Startups vivem em um cenário de constantes mudanças. Até que haja um ótimo Product Market Fit e o negócio comece a escalar, há boas chances de que a empresa refaça seu modelo de negócio completamente até encontrar a solução mais rentável.
Qual a diferença entre uma empresa e uma startup?
Toda startup é uma empresa, mas nem toda empresa é uma startup. Qual a diferença afinal? A diferença é que as startups “vão com tudo” para crescer, aceitando correr riscos e captando investimentos externos para acelerar ainda mais o crescimento.
Via de regra, a maioria das startups tem 3 destinos: pode ser incorporada por outra grande empresa, se tornar um unicórnio (empresa com mais de R$ 1 bi em valor de mercado) ou ir a falência e o empreendedor inicia outro projeto.
Empresas muitas vezes tem uma pretensão de crescimento mais modesta. Uma padaria do bairro pode crescer, mas provavelmente terá um crescimento bastante limitado e terá decisões empresariais menos ousadas do que uma startup. Além disso, empresas comuns não costumam captar investimentos externos, mas sim dívidas de financiamentos empresariais.
Mesmo uma grande empresa tradicional tem diferenças em relação às startups. A cultura organizacional das startups é voltada à disrupção e à inovação. Grandes empreendimentos, por sua vez, possuem uma cultura mais tradicional de melhorar, mas sem revolucionar a curto prazo.
Tipos de Startups
É possível classificar os tipos de startups a partir de quem são o seu público-alvo.
B2B (Business to Business)
B2B são startups cujos clientes são outras empresas. São empresas que vendem bens que só posteriormente serão vendidos ao consumidor final. Além de startups que prestam serviços intermediários a outros empreendimentos.
Exemplo: Stone – uma empresa que fornece maquininhas de cartão a outras empresas.
B2C (Business to Consumer)
B2C é uma startup cujos clientes são, de fato, consumidores finais. Empresas que prestam serviços e oferecem produtos a compradores comuns. Abrangem um universo de possibilidades.
Exemplo: Nubank – cartões de crédito acessíveis e sem anuidade (embora também atenda empresas).
C2C (Consumer to Consumer)
C2C são startups onde um consumidor vende para outro consumidor. É o caso, por exemplo, de marketplaces para produtos usados ou de segunda mão, como o Enjoei.
Modelos de negócios de startups
Além dos vários tipos de startups, há diferentes opções de modelos de negócios. Algumas delas são:
SaaS
O Software as a Service (SaaS), ou software como serviço, oferece serviço na nuvem. Em resumo, ele funciona como um software autônomo, capaz de facilitar e automatizar os serviços manuais. Esse modelo de negócios é indicado principalmente para o público empresarial.
Marketplace
O Marketplace funciona como um shopping virtual. Ele é um modelo de negócio que conecta oferta e demanda por meio de uma plataforma digital. Nessa plataforma, os clientes podem encontrar vários vendedores ou prestadores de serviço.
Esse modelo de startup é indicado para quem pretende focar em um segmento de mercado e construir um negócio altamente escalável. Por exemplo, empresas como Uber, Facebook, Airbnb e Mercado Livre são marketplaces ou, de alguma forma, usam os princípios desse modelo.
Hoje, criar um marketplace é muito simples. Afinal, existem plataformas prontas e customizáveis, como o Ideia no Ar, que permitem lançar o seu negócio de forma simples, rápida e sem depender de programadores.
Assinatura
O modelo de negócios por assinatura é muito amplo e se popularizou com o avanço das tecnologias. Um exemplo é o streaming, que possibilita a entrega constante de serviços em troca de um mensalidade.
Esse modelo de negócios é vantajoso para empreendedores que querem garantir uma receita fixa. Mas é necessário que a proposta da startup seja muito bem construída, para evitar cancelamentos.
Redes Sociais
No modelo de negócios por redes sociais, o serviço é oferecido gratuitamente ao consumidor que, em troca, visualiza publicidades. Esse modelo é muito usado em aplicativos. A grande vantagem é que o cliente usufrui do serviço gratuitamente. Mas podem haver clientes que se sentem incomodados com o excesso de propagandas.
O que é Startup Unicórnio?
Provavelmente, você já ouviu o termo Startup Unicórnio. Mas o que ele significa? A expressão surgiu em 2013, com o fundador da Cowboy Ventures, Aillen Lee. Ele descreveu essas empresas como startups valorizadas em mais de 1 bilhão de dólares sem terem capital na bolsa de valores.
Essas startups são raras, já que não é fácil alcançar tamanha valorização no mercado. Assim, as startups unicórnio são empresas que enfrentaram desafios e alcançaram o décimo dígito.
Além disso, a maior parte das Startups Unicórnio no Brasil são marketplaces. Ou, ao menos, têm componentes de marketplace em seu modelo de negócios. Alguns exemplos são Gympass, QuintoAndar, iFood, 99 Pop, Loggi e Loft.
Exemplos de startups de sucesso
Diversas empresas que hoje são referências no mercado surgiram como startups. Conheça algumas dessas startups de sucesso:
PayPal
O PayPal, fundado em 1998, na Califórnia, foi pioneiro no envio e recebimento de pagamentos online. Hoje, a empresa é um grande exemplo de startup de sucesso que revolucionou seu nicho de mercado. O PayPal transformou o modo como as transações financeiras eram realizadas.
Airbnb
A startup Airbnb é um exemplo que utiliza o modelo de marketplace de aluguel. A ideia da startup surgiu de uma ideia simples de aluguel de casas. Hoje, o Airbnb é uma startup de sucesso, possibilitando que viajantes aluguem espaços pelo mundo todo.
O LinkedIn é uma das redes sociais mais usadas hoje. O site conecta diversos profissionais, sendo uma alternativa ao modelo de recrutamento tradicional. Apesar da ideia ser simples, ela é eficiente. Por isso, a empresa é mais uma das grandes startups de sucesso que existem hoje no mercado.
O site de busca mais utilizado da internet também é uma startup de sucesso. Aliás, quando surgiu, já existiam vários sites de busca no mercado. Porém, com planejamento, o Google soube otimizar as operações que já eram realizadas por outras empresas e se tornou líder no seu nicho.
Como ter uma ideia de startup?
Você já conhece os diversos modelos de negócios de startups. Mas como tirar uma ideia de startup do papel? Veja algumas dicas que separamos:
1. Defina a sua persona
Para facilitar a execução de uma ideia de startup é necessário conhecer bem os seus clientes. Para isso, você pode usar este modelo de criação da persona, que é o seu cliente ideal.
2. Crie um MVP
Para realmente colocar a sua ideia de startup em prática, lance um MVP (Produto Viável Mínimo). Dessa forma, você coloca uma versão de teste da sua ideia para funcionar. Afinal, testar sua ideia antes de a colocar em prática é fundamental.
Dica: Quer saber como validar a sua ideia de negócio usando um MVP? Neste e-book, você encontra o passo a passo!
3. Defina o modelo de negócios
Definir bem o modelo de negócios é essencial para desenvolver uma boa ideia de sucesso. O modelo de negócios envolve as principais decisões sobre o funcionamento da sua startup.
Para desenhar o modelo de negócios, recomendo que você use um Canvas. Já que essa ferramenta permite que você sintetize e visualize sua ideia em uma única página.
Dica: monte o seu plano de negócios de maneira simples e rápida, baixando o nosso Canvas!
4. Avance ou adapte o negócio
Depois de testar sua ideia de startup e definir o modelo de negócios ideal, é hora de avaliar os resultados. Se eles forem positivos, é possível expandir sua empresa. Mas, se os testes tiverem resultados negativos, você deve reparar os erros e adequar o modelo de negócios escolhido.
5. Invista em pessoas
Lembre-se que investir em uma boa equipe é fundamental para o sucesso da sua startup. Contrate profissionais eficientes e qualificados. Também é importante que seus colaboradores acreditem na proposta da empresa. Assim, sua ideia vai ser bem executada.
Como patentear uma ideia de startup?
Patentear uma ideia não é sempre a melhor forma de proteger a seu projeto de startup. Esse processo, além de exigir esforço e tempo, pode não garantir a maior segurança. Por isso, separamos abaixo algumas dicas sobre como proteger sua ideia de forma mais eficiente:
Registro de Marca e Nome no INPI
O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) é um órgão federal que serve para regular as normas da propriedade industrial no Brasil. O INPI realiza serviços como registros de marcas, concessões de patentes e averbações de contratos de franquia.
Apesar de não proteger uma ideia em si, principalmente em relação a softwares, é bastante recomendado que todas as empresas façam o registro de marca e nome no INPI. Dessa forma, o logotipo e o nome do seu negócio ficam protegidos.
Esse processo é fundamental para quem está criando um novo negócio, porque garante a exclusividade do nome e logo escolhidos. Além de resguardar o(a) empreendedor(a) legalmente no caso de possíveis cópias. Outro fato importante é, na hora de realizar o registro, checar se já não há outras empresas com o mesmo nome que você escolheu para a sua startup.
Para submeter o registro no Instituto, você pode entrar com o pedido por conta própria ou contratar a assessoria de algum advogado para apoiá-lo.
Contar ideia para parceiros-chave
Pode soar estranho, mas contar a sua ideia para parceiros-chave também é uma forma de protegê-la. É claro que você não precisa compartilhar seus planos com qualquer pessoa, mas trocar experiências com alguns profissionais pode ser estratégico para o sucesso da sua startup.
Por exemplo, converse com quem já está atuando no seu mercado e possui conhecimento no tema. Esse tipo de parceiro(a) pode trazer insights relevantes e úteis para a sua empresa.
Além disso, converse com possíveis clientes do seu empreendimento. Isso pode te auxiliar a coletar feedbacks para aprimorar seu projeto, e definir melhor sua persona. Outra sugestão é conversar com possíveis investidores. Ainda, você pode trocar ideias com profissionais que entendem e trabalham com áreas importantes da sua futura startup, como tecnologia e marketing.
Ou seja, a ideia é escolher bem parceiros-chave nos quais você possa confiar. Você pode até criar um termo de confidencialidade para eles, se achar necessário. Realizar esse networking vai te ajudar a tirar sua ideia do papel e garantir competitividade em relação a outras startups.
Criar um MVP e testar rapidamente
Outra maneira de proteger a sua ideia é lançando o MVP. Quem atua no mundo do empreendedorismo sabe que surgem diversas ideias, mas não é possível ter certeza do sucesso delas até colocar a mão na massa. Nessa lógica, o MVP se torna essencial.
Algumas formas de lançar o seu MVP são criá-lo em uma landing page ou em site gratuito, em plataformas como Wix e WordPress. Nessa etapa, você deve coletar feedbacks e avaliar se o projeto realmente atende o seu público. Outra dica é coletar dados e realizar uma pré-inscrição das pessoas interessadas.
Como criar uma startup?
É claro que, todo negócio de sucesso, segue sempre evoluindo e aprimorando seu método. Ainda assim, nós separamos 5 passos básicos que são fundamentais para criar uma startup.
As etapas são baseados no método Lean Startup do Eric Ries. E várias das startups que são clientes do Ideia no Ar passam pelas fases abaixo:
1. Visão do produto ou Validação
Antes de tudo, é preciso realizar as primeiras validações do negócio. Para auxiliar nesse processo, usamos o quadro de visão de produto. Ele captura a visão e a estratégia macro do produto ou serviço da sua startup. É isso que vai orientar as primeiras validações do negócio e fornecer a base para a criação do Canvas e do modelo de negócio.
O quadro é dividido em 5 áreas. Ele é preenchido conforme as hipóteses iniciais que você define para seu negócio, sendo elas:
- Visão: resumo da intenção e motivação que você tem para o produto/serviço;
- Público-Alvo: segmento de mercado, quem o produto beneficia, quem são os clientes e usuários;
- Necessidades: proposta de valor, problemas e dores que o produto/serviço elimina e benefícios que cria para os clientes e usuários. Deixar claro porque as pessoas querem usar e comprar o produto;
- Produto: resumo das 3 ou 5 funcionalidades que destacam o produto e são necessárias para o sucesso. Se relacionam com a proposta de valor e resolvem as necessidades identificadas. Não é o momento para listar várias funcionalidades, isso será feito em uma etapa futura;
- Valor: valor interno para a startup, porque ela tem interesse em investir no produto, o que ela espera de retorno. Especificar os ganhos que se esperam para o negócio. Por exemplo, aumentar receita, entrar em novo mercado, reduzir custos, desenvolver a marca, adquirir conhecimentos, etc.
Depois de criar o product vision board, o empreendedor deve ir para a rua validar as hipóteses levantadas. Afinal, como já disse Steve Blank: “Get out of the building!”.
Dica: baixe já o kit gratuito de ferramentas para validação de startups!
2. Definição do Modelo de Negócios
O próximo passo de como criar uma startup é definir o seu modelo de negócios. Porém, isso deve ser feito apenas após ter escutado seus possíveis clientes e validado as hipóteses iniciais definidas. Inclusive, a melhor maneira de fazer isso é utilizando o Business Model Canvas.
O Canvas foi criado por Alex Osterwalder e ficou conhecido no livro Business Model Generation. Essa é uma leitura obrigatória para empreendedores que querem criar uma startup.
3. Validação da solução ou MVP Concierge
Depois de definir e validar algumas hipóteses com a Visão do Produto e o Canvas, é hora de validar a solução proposta. Porém, ela pode nem existir ainda. Em muitos casos, o aplicativo ou site ainda não está pronto. Isso é normal e não precisa ser um problema.
No início, o recomendado é oferecer sua solução fazendo de forma “manual” aquilo que o seu site ou aplicativo faria de forma “automática”. É preciso colocar sua solução no mercado, mesmo que ela não esteja totalmente pronta. Em pelo menos 97% dos casos há como validar sua solução sem ter um site ou aplicativo desenvolvido. Aliás, isso é o que chamamos de MVP Concierge.
Nessa etapa de como criar uma startup, o fator principal é pensar em como sua solução pode ser oferecida dessa maneira. Por exemplo, existem startups que fazem MVPs por: Facebook, blogs, landing pages, Whatsapp, telefone e até pessoalmente. No caso de um marketplace, pode ser vantajoso criar um grupo no Facebook.
Além disso, é importante que você já comece a monetizar. Isso é possível devido os early-adopters ou “adotantes iniciais”. Esse tipo de cliente costuma pagar por uma solução mesmo que ela não esteja completa, pois acredita na proposta de valor dela.
4. Definição das Personas
Outro ponto relevante de como criar uma startup é conhecer seus clientes. Você precisa entendê-los, conhecer seu perfil, necessidades, expectativas, etc. Nessa etapa, você deve definir em mais detalhes quem é o seu cliente, qual é sua idade e quais são os objetivos e expectativas dele com a solução oferecida. Assim, você pode descobrir novas funcionalidades ou descartar as que não interessam aos seus consumidores.
Existe ferramentas específicas para desenvolver personas.Nós, do Ideia no Ar, criamos uma para te ajudar, confira a dica abaixo e acesse uma ferramenta gratuita e exclusiva.
Dica: construa a sua persona usando a nossa ferramenta exclusiva!
5. Construção do MVP
Apenas depois de passar pelas etapas anteriores, chega a hora de trabalhar na construção do seu MVP. Nessa fase, você já deve ter aprendido muito sobre o seu negócio, por meio das validações. Por isso, já é possível criar um MVP que faça sentido para os usuários finais.
Ao seguir esses 5 passos de como criar uma startup, você consegue construir um MVP eficiente e útil. Dessa forma, há uma enorme economia de tempo e de dinheiro.
Como criar o Canvas Proposta de Valor da sua startup?
O Canvas Proposta de Valor é uma ferramenta complementar ao Business Model Canva. Ele surgiu para auxiliar na criação e posicionamento de produtos ou serviços em torno do que o cliente deseja e precisa. Ou seja, é uma ferramenta de organização que auxilia empreendedores a criarem soluções, levando em consideração a demanda de seus clientes.
Elaborar um Canvas Proposta de Valor é essencial, pois ele organiza as características do seu produto ou serviço e expõe os seus diferenciais. Assim, o cliente consegue perceber que o seu negócio oferece algo ideal para ele as necessidades dele.
Mas como aplicar essa ferramenta em sua startup? Abaixo, separamos algumas dicas para você usar o Canvas Proposta de Valor da melhor forma possível:
Use um Canvas para cada proposta de valor
Para manter as ideias organizadas, você não deve utilizar um único Canvas Proposta de Valor para tudo. Foque em uma proposta de valor para cada segmento de cliente específico. Se uma nova proposta de valor ou um novo segmento de clientes surgir, crie um novo Canvas.
Mantenha as prioridades
Não tente resolver tudo de uma vez, mantenha prioridades. Isso é, não procure aliviar todas as dores dos clientes e focar em todos os ganhos, pois pode fazer o seu Canvas Proposta de Valor perder o foco e a qualidade.
Vale mais ter uma proposta de valor poderosa do que várias medianas. Afinal, muitas startups fracassam por não entenderem bem em quais tarefas e dores focar.
Utilize uma ferramenta pronta
Existem várias formas de criar seu Canvas, mas usar uma ferramenta pronta pode ser uma boa ideia. Assim, você agiliza o processo e fica bem mais fácil de organizar suas ideias. Existem vários tipos e opções, uma delas é o Canvanizer.
Faça as perguntas corretas
Não adianta entender como o Canvas Proposta de Valor funciona se você não fizer as perguntas corretas. Por exemplo, quando estiver elencando as dores dos clientes, algumas perguntas são fundamentais. Como o que faz seu cliente se sentir mal, como as soluções atuais estão deixando de satisfazê-lo, quais riscos seu cliente teme, etc.
A mesma lógica se aplica para o segmento de ganhos, questionamentos como: “O que o seus clientes estão procurando?”, “Com o que seus clientes sonham?”, “O que faria a vida do seu cliente mais fácil?”. Essas são algumas das perguntas que você deve fazer para criar um bom Canvas.
Como criar o MVP da sua startup?
Além do Canvas Proposta de Valor é importante saber como criar o MVP da sua startup. Algumas dicas são:
1. Entenda a dor/desejo do seu cliente
Um dos primeiros passos para criar o MVP da sua startup é entender qual é a dor ou desejo do seu cliente. Com isso, você consegue pensar em qual solução irá propor. É essencial entender os problemas que seus possíveis clientes têm. Até porque não faz sentido desenvolver uma solução sem entender as reais necessidades das pessoas.
2. Defina a Persona
Outro ponto importante para criar seu MVP é conhecer bem os clientes. Não basta só pensar no que seu cliente deseja, você precisa entendê-lo por completo. Ao entender o desejo do seu cliente, você já deu um passo na direção correta. Mas definir a persona permite que você entenda diversos outros detalhes a respeito desses consumidores.
3. Estabeleça as principais tarefas do seu MVP
O próximo passo é definir as tarefas do seu MVP. Você deve planejar e definir quais hipóteses do seu negócio precisam ser validadas pelo mínimo produto viável. Para isso, é necessário desenhar a jornada do usuário. Elabore um passo a passo do que o seu MVP deve conter, como uma forma de script.
Você pode utilizar o Job To Be Done (JTBD). Essa ferramenta serve para analisar as circunstâncias que levam os consumidores a quererem comprar determinado produto ou serviço. Assim, você entende melhor a jornada do seu cliente e compreende quais são as motivações dele para adquirir ou não sua solução.
4. Crie o seu MVP de forma ágil e barata
Lembre-se que o MVP é algo inicial, feito com mínimos recursos. O objetivo é testar a sua ideia. Por isso, deixe o perfeccionismo de lado. Atente-se a entregar valor para o cliente, mas não em entregar um produto perfeito. O seu MVP deve ser lançado de forma rápida e barata. Algumas formas de fazer isso são por meio de:
Landing Pages
Uma landing page é um site web que tem o objetivo vender um produto ou serviço. Nela você coloca seu discurso de venda, como funciona seu produto ou serviço, quanto ele custa e coleta os dados de pessoas interessadas em contratá-lo (Leads).
Para criar uma landing page de forma ágil, sem saber programação e design, há várias ferramentas por aí. Uma delas é o www.launchrock.com. Ela é um ótimo teste de MVP, pois você pode ofertar algo que ainda não está pronto.
Redes sociais
Essa ferramenta você, com certeza, já conhece. Mas como fazer um MVP com ela?
Os grupos de compra e venda no Facebook são uma ótima forma de criar um MVP. Já que conectam pessoas interessadas em resolver um problema de comprar algo barato e de vender algo que está encostado e não seria vendido, tudo de forma ágil.
Formulários Online
Os formulários customizados também são uma forma de criar um MVP ágil e barato. Você pode usar essa ferramenta junto com a landing page, definindo os campos que seu cliente precisa informar para solicitar um serviço. Para criar seu MVP, por meio de formulários online, você pode usar o Google Forms ou TypeForm.
Loja Integrada
A plataforma Loja Integrada também pode ser uma solução para lançar um MVP. Se você tiver uma ideia de marketplace, pode usar essa ferramenta para já começar a vender online os produtos dos seus fornecedores.
O custo-benefício da Loja Integrada é muito bom, sendo uma solução que oferece diversas funcionalidades e que cabe no orçamento de empreendedores. Porém, assim que validar o seu negócio, você deve evoluir para uma plataforma de marketplace, com split de pagamento, evitando bitributação nas suas vendas.
5. Mensure os resultados
Por fim, você precisa avaliar os resultados. Para isso, você pode utilizar o Ciclo de Feedback. Lembre-se de, diante das respostas obtidas, fazer ajustes e repetir o ciclo de com frequência. Talvez, você precise apenas incrementar a solução ou até mudar o modelo de negócios.
Como conseguir investimento para a sua startup?
Muitos dos empreendedores de startups não têm dinheiro suficiente para investir, por conta própria. Por isso, é preciso captar investimentos de fundos de venture capital ou investidores anjos. Como conseguir?
Valide sua startup
Você conseguirá obter melhores investimentos, se a sua startup for validada. Veja alguns requisitos importantes para validar sua startup e aportar uma grande rodada:
- Crescimento exponencial de vendas;
- Faturamento em pleno crescimento;
- Produto/serviço extremamente disruptivo, mas com potencial;
- Fechamento de negócios com grandes contas;
- Premiações e reconhecimentos;
- Participações em eventos como palestrantes;
E muito mais.
Dica: baixe já o ebook completo sobre como conseguir investimento para uma startup!
Pitch de investimento
Como um empreendedor de startups, uma das coisas que você mais vai fazer são pitches. Um pitch é uma comunicação rápida que apresenta, de forma geral, a empresa, o time, os resultados e as perspectivas do futuro.
O que tem em um investment deck:
- Descrição do modelo de negócio;
- Descrição da proposta de valor;
- Expectativas de tamanho do mercado e crescimento da empresa com investimento;
- Descrição das principais pessoas do time e seus conhecimentos;
- Relato dos resultados da empresa até o momento;
- Explicação do porquê a empresa é melhor ou diferente da concorrência;
- Explicação do que será feito com o dinheiro a ser recebido.
E tudo o que for útil para convencer um investidor a injetar dinheiro no seu negócio.
Prospecção de investidores
Investidores estão em muitos lugares para ser prospectados. É muito importante valorizar o seu network e, na medida do possível, marcar o máximo possível de reuniões com investidores, nem que seja para receber um “não” e aprender com isso. Veja onde prospectar investidores:
- LinkedIn;
- Eventos e cursos;
- Desafios para startups;
- Congressos do seu setor de mercado;
- Programas de aceleração;
- Hubs e ecossistemas.
Não saia aportando investimentos de qualquer um. É preciso ter a certeza que as expectativas do seu negócio e do investidor estão alinhadas. Caso contrário, no futuro, isso pode ser um problema.
Estrutura de um Pitch de sucesso para uma startup
Criar um bom pitch é essencial para atrair clientes e investidores para sua startup. Veja qual é a estrutura de um pitch de sucesso:
Problema e Oportunidade
O primeiro passo é comunicar qual é a oportunidade de negócio e o problema a ser resolvido pela sua startup. Lembre-se de apresentar esses dois fatores com clareza e objetividade no seu pitch.
Afinal, o potencial cliente ou investidor não, necessariamente, conhece o mercado em que sua startup atua. Por isso, ele pode não ter informações sobre esse nicho de mercado.
Anexar notícias ou gráficos de associações, IBOPE, etc., são estratégias válidas. Com isso, você consegue mostrar que existe um mercado que precisa de uma solução, deixando o investidor ou cliente interessado. Só depois de mostrar esses dados de oportunidade é que você deve começar a falar sobre a solução que sua startup pretende desenvolver.
Solução
Depois de uma boa explicação sobre o problema e a oportunidade, você deve falar sobre a solução que sua startup oferece. Procure explicar logo de início qual é o melhor benefício da sua solução e continue sendo o mais objetivo possível.
Nesse momento, é essencial mostrar os benefícios que sua solução oferece para todos os envolvidos no processo. Além disso, procure mostrar o quanto sua solução é simples de ser usada ou implantada. A facilidade para entrar no mercado é um sinal de que sua ideia é exponencial e escalável.
Protótipo
Quando for mostrar as telas para exemplificar o funcionamento do sistema, faça isso de forma simples e clara. Mostre sua apresentação para pessoas que não conhecem o produto e veja se elas entendem. Só quando qualquer um for capaz de entender seu produto é que a apresentação está fazendo sentido.
Você não pode esperar que o investidor tenha tempo para se esforçar em entender como o sistema funciona, por isso é necessário que tudo fique muito bem explicado. Uma sugestão é adicionar um slide antes de mostrar as imagens do sistema, colocando em tópicos ou em um passo a passo, qual é o fluxo que o cliente faz no sistema.
Diferenciais
Nessa etapa, você deve mostrar quais são os diferenciais da sua startup é preciso provar para os investidores e clientes que a sua empresa tem a solução ideal para resolver aquele problema.
Para isso, você pode colocar no seu pitch alguns concorrentes e fazer uma comparação com o seu produto, mostrando quais os diferenciais que a sua ideia tem. Monte um quadro comparativo para deixar isso bem claro. Fazendo essa comparação, você mostra porque as soluções existentes no mercado não estão atendendo à necessidade dos consumidores.
Modelo de Negócios
Na etapa de modelo de negócios, você deve mostrar como sua startup vai ganhar dinheiro. Quem são seus clientes? Como e quanto você cobra deles? Qual será o retorno do investimento e em quanto tempo?
Faça uma projeção e mostre que em determinado período de tempo sua startup estará lucrando. Isso é essencial para que os investidores saibam que vale a pena investir no seu empreendimento.
Este artigo aqui ensina tudo o que você precisa para definir o modelo de negócios da sua startup.
Resultados
Agora, você deve apresentar os resultados que sua empresa já alcançou. Mostre os números para o investidor, já que isso aumenta a credibilidade do seu negócio.
Além disso, procure situar o seu público. Diga o que já aconteceu, o que você está fazendo e o que tem planejado para o futuro da sua startup. Assim, eles entendem o que já foi feito pelo seu negócio e sabem que você possui um planejamento para alcançar objetivos de curto prazo.
Time
Os investidores precisam acreditar que você é capaz de construir um time forte. Afinal, muitas vezes, eles levam em conta mais a equipe do que a solução em si.
Se a solução da sua startup não der certo, mas os(as) empreendedores(as) forem competentes, o investidor fica mais seguro em colocar seu dinheiro nesse negócio. Já que pode confiar que a equipe irá encontrar uma saída e retornar o investimento.
Então, coloque no pitch fotos e informações sobre você e seu time. Mostre que sua equipe é qualificada, deixe claro que vocês são as pessoas certas para tornar esse negócio um sucesso.
Próximos passos
Agora chegou o momento de definir o roadmap de objetivos que a startup deseja alcançar. Ou seja, você deve definir quais métricas deseja melhorar, quantos clientes quer alcançar, como deseja evoluir o produto/tecnologia/MVP, como pretende expandir seu negócio, etc.
É muito importante mostrar aos investidores que você tem metas e objetivos bem definidos. Dessa forma, eles sabem que você tem planos para tornar sua startup cada vez mais eficiente e lucrativa.
A Proposta
Se você está buscando investimento para sua empresa, essa é a hora de fazer a proposta na apresentação. Porém, antes, você precisa entender porque o investimento iria otimizar a operação e o que exatamente você faria com esse capital.
Deixe claro no seu pitch quanto do investimento será direcionado para cada área da startup. Isso faz sua proposta ter mais coerência, já que o investidor entende qual é o propósito do dinheiro dele no seu negócio. Calcule as despesas e os resultados, mostre os valores para os investidores confiarem no seu projeto.
Conclusão
O trabalho em uma startup costuma ser muito intenso. As mudanças acontecem rapidamente e os resultados podem demorar a aparecer. Contudo, estas empresas crescem, inovam e ajudam a evoluir o nosso mercado. Você pode empreender uma startup e ter muito sucesso!
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