Empresas de marketplace cobram taxas das empresas que vendem produtos e serviços em suas plataformas. É a partir dessas taxas que o marketplace pode sobreviver e ter lucro. O índice das taxas cobradas pelas plataformas de marketplace sobre seus vendedores é chamado de take rate.
Neste texto, vamos falar sobre o take rate, o que é isso, suas diferenças e semelhanças para o conceito de comissão, como calculá-lo e dicas para definir o take rate ideal para o seu negócio. Por isso, convidamos você a nos acompanhar.
Sumário
1- O que é take rate?
2- Diferença entre comissão e take rate
3- Como calcular o take rate de um marketplace?
4- Qual é o take rate ideal?
5- Exemplos de take rate
6- Como funciona a tributação e impostos do take rate
7- Outras métricas para marketplace
8- Conclusão
O que é take rate?
É um termo usado no contexto dos marketplaces, como Mercado Livre, Amazon e eBay. Trata-se das taxas e comissões cobradas pelo marketplace nas transações realizadas por terceiros, vendedores ou prestadores de serviços.
Por exemplo, se um vendedor terceirizado vender um produto na Amazon, a plataforma cobrará do vendedor uma taxa pelo seu uso: esse é o take rate. Essa é uma métrica importante para marketplaces e negócios online, pois afeta diretamente sua receita e lucratividade. Ao entender e usar o take rate a seu favor, as empresas podem tomar decisões estratégicas sobre preços, marketing e outros aspectos de suas operações.
Diferença entre comissão e take rate
Comissão e take rate são termos usados no contexto de transações financeiras, mas se referem a coisas diferentes. Uma comissão, em serviços financeiros, é o pagamento cobrado por um consultor ou um prestador de serviços, como um vendedor, por exemplo.
Por outro lado, uma taxa de take refere-se à taxa cobrada por um marketplace, provedor de pagamento ou provedor de serviços para facilitar uma transação entre um comprador e um vendedor. Simplificando, uma comissão é paga a um indivíduo ou organização para fornecer um serviço, como consultoria, enquanto o take rate é pago ao marketplace ou gateway de pagamento para facilitar uma transação entre duas partes.
Embora os dois termos sejam semelhantes porque são taxas cobradas por serviços, eles são fundamentalmente diferentes em termos de quem recebe a taxa e qual serviço está sendo fornecido. É importante observar que tanto as comissões quanto as take rates podem variar dependendo do setor e da transação específicos.
Como calcular o take rate de um marketplace?
Para calcular a taxa de take rate do seu marketplace, você precisa primeiro determinar a receita total gerada pelo empreendimento a partir de suas transações. Ele é geralmente expresso como uma porcentagem do valor total da transação.
Por exemplo, se um marketplace gera R$ 100.000 em receita de transações e cobra um take rate de 10%, o índice é de R$ 10.000 (10% de R$ 100.000). Ele geralmente varia entre 5-20% para marketplaces de produtos como Amazon ou Mercado Livre, enquanto marketplaces de serviços, como Uber e Airbnb, geralmente cobram uma taxa mais alta, variando de acordo com outros fatores.
Para calculá-lo, você pode usar a seguinte fórmula:
(Receita total gerada pelas transações X Porcentagem de take rate) / 100
Por exemplo, se o seu marketplace gera R$ 500.000 em receita e você deseja cobrar um take rate de 15%, o cálculo seria:
(500.000 * 15)/100
= 75.000.00 / 100
= 75.000
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Qual é o take rate ideal?
Essa não é uma pergunta fácil de resolver. Decidir sobre um take rate ideal para um marketplace pode ser um desafio e não existe uma estratégia única para todos. Ela vai variar dependendo de vários fatores, incluindo concorrência, custos, efeitos de rede, tickets das transações e volume de vendas.
Ele normalmente fica entre 10% e 30%. No entanto, altas taxas podem desencorajar os sellers a ingressar na plataforma, enquanto take rates baixos podem comprometer o lucro do marketplace. O importante é definir uma comissão que seja condizente com o modelo de negócios e benchmarkings de mercado.
O processo para definição do take rate pode envolver:
- Pesquisar qual é a taxa cobrada por outros marketplaces no mercado em geral. E se existirem marketplaces no segmento de mercado em que o empreendedor irá atuar, é mais importante ainda também saber quanto eles estão cobrando.
- Entender se é um modelo de negócios B2B, B2C ou C2C e qual é o ticket médio esperado por transação dentro do marketplace. Se for um marketplace B2B com um ticket médio de R$10.000 por transação, por exemplo, a comissão tende a ser menor do que a média geral de mercado. Se o mercado cobra em geral 16% a 18% em um marketplace B2C, em um marketplace B2B de alto ticket médio o percentual de comissão é menor, entre 8% e 10%. Naturalmente, isso tem que ser analisado caso a caso conforme o ticket médio, nicho de mercado e modelo de negócios.
- Entender qual o modelo de viabilidade econômica do marketplace e fontes de monetização. Se a empresa vai cobrar uma mensalidade dos vendedores, além do take rate, isso tende a diminuir o take rate cobrado, já que existe outra cobrança mensal para uso do marketplace e seus benefícios.
Exemplos de take rate
Veja alguns exemplos do take rate praticado por alguns dos principais players do mercado (dados de 2022):
- Mercado Livre: em média 11%;
- Amazon: US$ 0,99 por unidade + 8% a 20% (depende do produto);
- iFood: R$ 100 a R$ 130 mensal + 12% a 27%;
- Airbnb: 3%;
- Uber: 20% a 28%.
Como funciona a tributação e impostos do take rate
No Brasil, as empresas são tributadas sobre seus rendimentos por meio do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), calculado à alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro apurado, com adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceder R$ 20.000,00 por mês.
As pessoas jurídicas geralmente estão sujeitas à CSLL à alíquota de 9%. Não há imposto específico sobre as taxas de take rate. Portanto, a cobrança do imposto será feita sobre o lucro da empresa, independentemente de sua origem.
Outras métricas para marketplace
Além dele, há outras métricas que são fundamentais. Veja alguns exemplos::
- Volume Bruto de Mercadoria (GMV): métrica que calcula o valor total vendido pela empresa ao longo de certo período.
- Custo de Aquisição do Cliente (CAC): quanto a empresa gasta, em média, para conquistar cada cliente novo.
- Lifetime Value (LTV): é o valor que o cliente irá gastar durante todo o período em que comprar da empresa ao longo de sua vida.
- Taxa de conversão: a % de clientes, dentre os que acessam a plataforma, que fecham negócio.
- Churn/Abandono: a porcentagem de clientes que deixam de fazer negócio com o seu marketplace.
- Número de compradores e vendedores ativos: em um marketplace, não importa apenas o número de compradores, mas de vendedores também.
- Ticket médio: é quanto custa, em média, cada venda feita pela empresa.
- Relação comprador/vendedor: essa relação considera quantos compradores existem para cada vendedor. É interessante que essa métrica se mantenha equilibrada para incentivar a concorrência, mas também a chegada de novos vendedores.
- NPS: Net Promoter Score é uma estimativa de 1 a 10 que calcula qual a probabilidade dos seus clientes indicarem a marca para outro comprador.
Conclusão
O take rate é um dos valores mais importantes dentro das realidades dos marketplaces, afinal de contas, é por meio dele que a plataforma terá lucro e faturamento. No entanto, como você viu neste texto, a definição do take rate exige análises profundas, olhando para dentro e para fora do negócio. Continue acessando o nosso blog para aprender mais sobre marketplaces e outros modelos de negócios.
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